Tornozelo inchado: o que pode ser? O que fazer?

O tornozelo inchado é um problema que afeta pessoas de todas as idades e que pode ter uma ampla gama de causas, como lesões traumáticas ou até problemas circulatórios. 

Compreender as causas desse inchaço, assim como as opções de tratamentos disponíveis, é importante não apenas para aliviar os sintomas, mas também para prevenir novos episódios ou ainda identificar problemas mais graves.

Neste artigo, vamos abordar os principais fatores que contribuem para o inchaço do tornozelo, orientações do que se deve fazer e qual a relação desse sintoma com problemas vasculares. Continue a leitura!

.

Tornozelo inchado, o que pode ser?

São diversas as razões que podem desencadear o inchaço nas pernas, tornozelos e pés, com destaque para: 

Veja também: Tratamento para varizes

1. Insuficiência venosa crônica

A insuficiência venosa crônica (IVC) é uma condição na qual as veias das pernas têm dificuldade em retornar o sangue para o coração, devido a um mau funcionamento das válvulas venosas o que sobrecarrega as veias. 

Quando essas válvulas não funcionam como deveriam, o sangue pode se acumular nas veias das pernas, aumentando a pressão nesses vasos e causando inchaço, especialmente nos tornozelos e nas pernas. 

.

2. Lesões e traumas

Outra razão para inchaços nas áreas dos tornozelos e dos pés pode ser lesões e traumas, sendo um sintoma comum nesses casos. 

Quando ocorre uma lesão, como uma entorse no tornozelo, um trauma direto ou uma fratura, o corpo responde aumentando o fluxo sanguíneo para a área afetada, como parte do processo de cura. Esse aumento no fluxo sanguíneo pode resultar em inchaço localizado devido à acumulação de fluido e sangue nas áreas lesadas.

.

3. Edema por insuficiência renal ou hepática

Outra possível razão para inchaços nas pernas, pés e tornozelos pode estar relacionada a edemas causados por problemas de saúde clínicos, como insuficiência dos rins e do fígado.

Nesses casos, o edema ocorre devido a desequilíbrios no sistema de fluidos do corpo e na capacidade do organismo de regular os líquidos. 

.

4. Gravidez

Pode ocorrer inchaço das pernas, pés e tornozelos também por conta da gravidez, sendo que as razões para isso podem ser várias.

Por exemplo, durante a gravidez o corpo retém mais líquidos, devido ao aumento na produção de hormônios, como a progesterona, que afetam os rins e podem resultar em retenção de sódio e água.

Outra razão é que o útero em crescimento exerce pressão sobre os vasos sanguíneos que retornam o sangue das pernas ao coração. Isso pode dificultar o fluxo sanguíneo das extremidades inferiores, causando inchaço.

Finalmente, o próprio ganho de peso, que ocorre durante a gravidez coloca pressão adicional nas pernas e pés, o que pode levar ao inchaço.

.

5. Efeito colateral de medicamentos

Outra possível causa para inchaços nos tornozelos são os efeitos colaterais de alguns medicamentos, a depender da resposta de cada pessoa, o que ocorre principalmente por reações alérgicas, mas não somente por isso.

Certas medicações, como alguns corticosteroides, anti-hipertensivos ou anticoncepcionais hormonais, podem causar retenção de líquidos como parte de seus efeitos colaterais. Isso pode levar ao inchaço nas extremidades, incluindo pernas, pés e tornozelos.

Algumas substâncias podem afetar a função vascular e a circulação sanguínea, contribuindo para o inchaço, como alguns medicamentos antipsicóticos.

.

6. Obesidade

Sendo uma das principais razões para edemas, a obesidade costuma causar esse efeito principalmente nas extremidades, como pernas, pés e tornozelos. E isso ocorre por diversos mecanismos.

O excesso de peso coloca uma pressão adicional nas pernas, tornando mais difícil para o sistema circulatório bombear o sangue de volta ao coração, o que leva ao acúmulo de sangue nas veias e consequentemente ao inchaço.

Outra razão é a sobrecarga do sistema linfático, que é responsável por drenar fluidos em excesso dos tecidos corporais. A obesidade pode sobrecarregar esse sistema e dificultar essa drenagem adequada de fluidos, resultando em inchaço.

.

7. Trombose venosa profunda

A trombose venosa profunda (TVP) também é uma possível causa para inchaço nas pernas, pés e tornozelos. Além disso, pode causar dor e vermelhidão na região afetada.

Isso ocorre pela obstrução da veia que gera a retenção do sangue na região e associado à inflamação local. 

.

8. Linfedema

Linfedema é uma doença ocasionada pela disfunção do sistema linfático que tem a função de recolher o excesso de líquido fora das veias. Logo, o mal funcionamento resulta no acúmulo dos líquidos nos tecidos ao longo do dia causando o inchaço.

No linfedema, é mais característico o edema nos pés, podendo associar nos tornozelos.

Veja também: Dor nas panturrilhas: possíveis causas e o que fazer?

.

O que fazer quando o tornozelo está inchado?

Como vimos, são inúmeras as possíveis razões para o inchaço nos tornozelos, pernas e pés e, por isso, o ideal é buscar ajuda médica para que o problema seja corretamente diagnosticado e tratado.

No entanto, a depender da razão do inchaço, algumas medidas que podem ser benéficas são:

.

Manter uma hidratação adequada

Beber água suficiente ao longo do dia ajuda a prevenir a retenção de líquidos, que pode contribuir para que aconteça o inchaço dos tornozelos. Segundo muitos nutricionistas indicam, uma referência adequada seria consumir 35 ml de água para cada quilo de peso corporal por dia. Algo como 2,45 litros para uma pessoa de 70 kg.

.

Elevar as pernas

Ao final do dia, deitar-se com as pernas elevadas acima do nível do coração, por cerca de 20 minutos, pode ajudar a reduzir o inchaço nas pernas, tornozelos e pés, já que facilita o retorno do sangue acumulado nas pernas. 

.

Movimentar-se regularmente

É muito importante evitar longos períodos de imobilidade, como ficar sentado ou de pé por muito tempo. O indicado é que se faça pequenas caminhadas ao longo do dia, pois ajudam a manter a circulação sanguínea. 

.

Meias de compressão

Nos casos em que há indicação médica, o uso de meias de compressão pode ajudar na melhora da circulação nas pernas e na redução do inchaço. 

.

Evitar roupas muito apertadas

Roupas muito apertadas na região da cintura e das pernas podem dificultar a circulação sanguínea e agravar situações de inchaço. Opte sempre por peças mais confortáveis. 

.

Reduza a ingestão de sódio

Uma dieta rica em sódio (sal) pode contribuir para a retenção de líquidos e consequentemente para o inchaço das pernas, pés e tornozelos. Por isso, evitar ou consumir moderadamente alimentos embutidos, industrializados e fast foods também é indicado. E, claro, evitar adicionar sal aos alimentos nas refeições.

>>>> Veja também: Cirurgia para varizes: Como Funciona e Principais Vantagens

.

Afinal, quando o inchaço é preocupante?

O inchaço no tornozelo pode ser causado por uma variedade de fatores, mas é importante ter em mente que alguns podem exigir atenção médica imediata. Abaixo, estão algumas situações em que o inchaço precisa ser avaliado por um médico:

✅ Lesões graves, como fraturas, luxação, torção severa ou uma queda que cause inchaço.

✅ Se o inchaço no tornozelo estiver associado a dor súbita ou intensa e constante, pode ser um sinal tanto de lesão quanto de problemas vasculares.

✅ Inchaço repentino e unilateral, que pode ser um indicativo de trombose venosa profunda, uma condição séria que requer atenção médica de emergência.

✅ Se o inchaço estiver acompanhado de febre e vermelhidão pode ser um sinal de infecção, erisipela.

✅ Caso se tenha histórico de problemas de coagulação, é necessário estar sempre atento ao inchaço anormal das pernas, tornozelos e pés.

✅ Se o inchaço nos tornozelos persistir ou se tornar recorrente, é importante procurar um médico.

✅ Se o inchaço vier acompanhado de dificuldade respiratória, pois pode ser um sinal de embolia pulmonar.

✅ Fadiga extrema, ganho de peso inexplicado e inchaço em outras partes do corpo além dos tornozelos também são situações consideradas preocupantes.

Como dito acima, o ideal é sempre buscar ajuda médica para a correta identificação e tratamento do quadro, já que a abordagem precoce pode ser crucial para evitar complicações mais sérias.

.

>>> Veja também – Quando procurar um médico vascular?

.

Tornozelo inchado e problemas vasculares: qual a relação?

É importante ressaltar que tornozelos inchados também podem ter relação com problemas vasculares, principalmente quando o inchaço é persistente e não está relacionado a uma lesão. 

Entre as principais condições vasculares que podem contribuir para o inchaço nas pernas está a insuficiência venosa crônica, que é quando as veias têm dificuldade em bombear o sangue de volta ao coração, podendo levar ao acúmulo de sangue nas pernas e, consequentemente, dor e inchaço.

Além disso, a trombose venosa profunda, em que há formação de coágulos sanguíneos nas veias profundas das pernas, e a doença arterial periférica, em que acontece o estreitamento das artérias das pernas devido ao acúmulo de placas de gordura. 

Outra condição vascular que pode estar relacionada ao inchaço dos tornozelos é o edema vascular, como a vasculite, que pode causar danos aos vasos e vazamento de fluidos para os tecidos circundantes, o que resulta em inchaço.

—————————-

Se você suspeitar que problemas vasculares podem estar relacionados ao inchaço dos tornozelos, é essencial contar com avaliação e o acompanhamento de profissionais qualificados, como os especialistas do Instituto de Angiologia e Cirurgia Vascular (IACV). Somos referência em cuidados vasculares – como varizes – e dispomos das mais modernas tecnologias e de um time de profissionais experientes e atenciosos. 

Se você está no Distrito Federal ou Entorno, clique no link abaixo para agendar sua avaliação e vir se cuidar conosco!

Quero agendar minha avaliação no IACV 

Cigarro e varizes: conheça esse risco

O tabagismo, há muito tempo, é reconhecido como um grande vilão da saúde. Seus impactos negativos afetam diversos sistemas e órgãos do nosso corpo e também é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças vasculares. 

Neste artigo, vamos te explicar a relação entre o cigarro e as varizes, bem como os riscos que esse hábito traz para todo o organismo.

Confira!

.

Por que o cigarro é tão perigoso?

Entender o quanto o cigarro é perigoso não é difícil, uma vez que ele está relacionado às maiores causas de mortalidade no mundo, que são as doenças cardiovasculares, diferentes tipos de câncer e como facilitador de doenças infectocontagiosas. 

Para se ter uma ideia melhor da gravidade desse panorama, basta observar que, no Brasil, há cerca de 14 milhões de pessoas com alguma doença cardiovascular e acontecem aproximadamente 400 mil óbitos anuais devido a essas enfermidades, como AVCs e infartos. 

A forma como o cigarro eleva os riscos de problemas cardiovasculares é através de  substâncias químicas que têm o potencial de elevar a pressão arterial, favorecer o acúmulo de placas nas artérias, reduzir o oxigênio no sangue, gerar inflamação e favorecer a formação de trombos.

Já em se tratando do câncer, que é a segunda principal causa de mortes no mundo, registram-se cerca de 10 milhões de mortes anualmente, sendo os tipos mais comuns o câncer de mama, pulmão, colorretal, próstata e pele. 

No caso desse tipo de patologia, o aumento do risco se dá pela exposição às substâncias carcinogênicas presentes no cigarro, que possui mais de 7.000 substâncias químicas, das quais pelo menos 250 são conhecidas por serem prejudiciais à saúde e cerca de 60 são identificadas como carcinogênicas, ou seja, capazes de causar câncer. 

Além disso, temos as doenças infectocontagiosas como a terceira maior causa de mortes no mundo. No Brasil, por exemplo, apenas a  tuberculose mata 14 pessoas todos os dias, segundo dados do Ministério da Saúde. 

Neste caso, o cigarro é conhecido por reduzir a capacidade do sistema imunológico – que nos protege de infecções – gerar inflamações no corpo, danificar as vias respiratórias; tudo isso resultando em um maior risco de se adquirir doenças infectocontagiosas, especialmente as respiratórias.

Por diferentes razões, o cigarro acaba aumentando os riscos desses três grupos de doenças.

Veja também: Tratamento para varizes

Risco do cigarro para a circulação do corpo

Falando especificamente do nosso sistema circulatório e vascular, também é muito importante citar o quanto o tabagismo é prejudicial. Confira como:

.

Aumento da pressão arterial

A nicotina presente no cigarro é um vasoconstritor, o que significa que ela estreita os vasos sanguíneos. Isso leva a um aumento imediato na pressão arterial, o que coloca um estresse adicional sobre as artérias e o coração.

.

Aterosclerose

O tabagismo é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da aterosclerose, que é o acúmulo de placas de gordura nas paredes das artérias. Essas placas estreitam as artérias, reduzindo o fluxo sanguíneo e aumentando o risco de obstruções arteriais.

.

Risco de coágulos sanguíneos

Fumar aumenta a tendência do sangue a formar coágulos, o que pode levar a complicações graves, como trombose venosa profunda (TVP) e embolia pulmonar. Os coágulos sanguíneos podem bloquear o fluxo sanguíneo, causando danos aos órgãos.

.

Danos às paredes das artérias

Os componentes químicos do cigarro causam danos diretos às paredes internas das artérias. Isso torna as artérias mais propensas a inflamação, danos oxidativos e acelera o processo de aterosclerose.

.

Diminuição do oxigênio no sangue

A inalação do monóxido de carbono presente na fumaça do cigarro reduz a capacidade do sangue de transportar oxigênio. Isso significa que os tecidos do corpo, incluindo o músculo cardíaco, podem receber menos oxigênio, o que coloca uma carga extra sobre o sistema circulatório.

.

Aumento do risco de aneurismas

O tabagismo aumenta o risco de desenvolver aneurismas, que são áreas enfraquecidas nas paredes das artérias que podem se expandir e romper, resultando em hemorragias potencialmente fatais.

Veja também: Dor nas panturrilhas: possíveis causas e o que fazer?

.

Cigarro e varizes: conheça esse risco

Como falamos anteriormente, o hábito de fumar também prejudica as paredes das veias e é precisamente neste contexto que influencia no surgimento das varizes. 

Portanto, mesmo que as varizes tenham diversos fatores de risco, como sedentarismo, obesidade e envelhecimento, o tabagismo pode contribuir para seu desenvolvimento e agravamento de diferentes maneiras: 

✅ Prejudica diretamente a saúde das veias e das válvulas, estruturas internas das veias que ajudam a manter o sangue fluindo na direção correta. Quando o sangue flui em sentido contrário, há a possibilidade de acúmulo nas veias, resultando no surgimento de varizes.

✅ Danifica o revestimento interno das veias, aumentando o risco de coágulos sanguíneos, conhecidos como trombose. Essa lesão nas paredes internas contribui para o  enfraquecimento e a dilatação progressiva dos vasos, resultando no desenvolvimento de varizes.

✅ Pode piorar os sintomas das varizes em pessoas que já possuem essa condição, aumentando a inflamação e intensificando o inchaço e dor associadas a elas.

✅ Aumenta o risco de úlceras nas pernas em pessoas com varizes, uma complicação grave que pode levar a consequências severas. 

Dessa forma, o tabagismo impacta negativamente não apenas na prevenção das varizes, mas também no tratamento, podendo agravar o quadro existente. 

É claro que abandonar o hábito de fumar não é uma tarefa fácil e simples, mas possível, principalmente com ajuda profissional. A sua saúde em geral vai agradecer muito, já que não há partes do corpo que não sofram consequências negativas deste vício. 

Veja também: Telangiectasias: O que são, Causas, Sintomas e Tratamento

——————————-

Para cuidar da sua saúde vascular, conte com o Instituto de Angiologia e Cirurgia Vascular (IACV). Somos referência no Distrito Federal em cuidados vasculares e contamos com uma estrutura moderna e um time de profissionais experientes e atenciosos.

Clique no link abaixo para agendar sua avaliação e vir cuidar da sua saúde conosco!

Quero agendar minha avaliação!

Varizes grossas só são tratadas com cirurgia?

As varizes grossas (ou de maior calibre), normalmente com mais de 3 mm diâmetro, saltadas na pele e de tom azulado/esverdeado, são aquelas que mais incomodam as pessoas, justamente por serem as mais visíveis e por trazerem mais riscos à saúde (e até à vida).

Durante muitos anos, o único tratamento efetivo para esse tipo de variz era a cirurgia – ou seja, a remoção do vaso – mas que trazia consigo os incômodos de um pós-operatório mais longo e desconfortável, mais tempo de afastamento das atividades, além dos riscos próprios de todo procedimento cirúrgico.

Mas afinal, varizes grossas só são tratadas com cirurgia?

Continue a leitura e descubra!

.

Quais os diferentes tipos de varizes?

De forma geral, as varizes costumam ser classificadas em três diferentes tipos, com base em suas características e diâmetro, que é a distância entre suas paredes. Essas categorias são as seguintes: 

.

Telangiectasias

Também conhecidas como vasinhos, são vasos sanguíneos finos, que apresentam coloração avermelhada, azulada ou arroxeada e que, quando se dilatam, tornam-se visíveis através da pele. 

Costumam aparecer em áreas como coxas, pernas, tornozelos e nos pés, ou ainda na face, principalmente no queixo, testa e nariz.

São mais comuns em mulheres e as principais causas são a genética, envelhecimento, obesidade, sedentarismo, uso de hormônios, alterações hormonais e a gravidez.

Embora não ofereçam riscos à saúde, eles podem causar desconforto, principalmente no período pré-menstrual e também trazer um incômodo estético importante, tanto nas pernas quanto no rosto.

Veja também: Dor nas panturrilhas: possíveis causas e o que fazer?

.

Varizes reticulares

Chamadas também de “nutridoras”, são vasos que estão abaixo da camada da pele. Possuem coloração mais azulada e esverdeada, podendo chegar a ser tortuosas. Seu diâmetro varia entre 1 mm e 3 mm.

Podem estar relacionadas à origem dos vasinhos e, quando tratadas, ajudam a melhorar o aspecto deles ou reduzir a chance de que eles voltem a aparecer, após serem tratados.

.

Varizes grossas

São vasos subcutâneos, ou seja, localizados na camada de gordura logo abaixo da pele. Elas são sempre dilatadas, podem gerar relevo, são mais desafiadoras de identificar e têm diâmetro a partir de 3 mm.

Essas varizes mais grossas são as que costumam gerar mais riscos, como a sensação de “pernas pesadas” e inchadas, dor, queimação, além da possibilidade de surgirem trombos, que podem evoluir para trombose e até embolia pulmonar ou AVC.

.

Varizes grossas só são tratadas com cirurgia convencional?

Por muito tempo, o tratamento das varizes mais grossas só era realizado através de cirurgia convencional. No entanto, a medicina avançou e, atualmente, existem outras técnicas mais modernas e que proporcionam mais conforto aos(às) pacientes. 

Além do conforto, tais técnicas mais atuais possuem outras vantagens bastante interessantes, como: 

✅ Serem minimamente invasivas;

✅ Não exigirem grandes afastamentos das atividades diárias

✅ Recuperação mais confortável e menos limitante;

✅ Menor risco de infecção ou complicações;

✅ Terem um custo mais reduzido, por dispensarem a necessidade de internação hospitalar. 

Mas, então, diante deste cenário, surge uma dúvida: quais são, então, as técnicas alternativas e modernas disponíveis para o tratamento de varizes mais grossas? As principais são as seguintes:

Veja também: Tratamento para varizes

.

Escleroterapia com espuma

A escleroterapia com espuma é um procedimento minimamente invasivo, em que a substância polidocanol é manipulada até se tornar uma espuma e, então, é injetada nas veias acometidas, que podem ser as varizes ou até a veia safena.

Por meio dessa técnica, a substância provoca um processo nas paredes internas da veia que está sendo tratada, que se fecha gradualmente e é absorvida pelo organismo. 

Trata-se de um procedimento que pode ser realizado em consultório – devidamente equipado – e o número de sessões necessárias vai depender da quantidade e da situação das veias. 

>>> Saiba mais: Escleroterapia com espuma: o que é e para que serve?

.

Endolaser

O endolaser é uma técnica inovadora e uma alternativa muito interessante e menos invasiva à cirurgia tradicional. O procedimento envolve o uso de uma fibra óptica que é inserida na veia afetada, através de uma agulha, e lá emite um laser específico.

O calor do laser causa o fechamento da veia comprometida, redirecionando o fluxo sanguíneo para as veias saudáveis. 

Uma das grandes vantagens do endolaser é a recuperação praticamente imediata. Em apenas 3 ou 4 dias, o paciente já pode voltar a trabalhar e, em 5 a 7 dias, a praticar atividades físicas. Antigamente o tempo de repouso era de cerca de 40 dias. 

Veja também: Telangiectasias: O que são, Causas, Sintomas e Tratamento

.

Cirurgia 

Apesar das técnicas modernas, é importante ressaltar que, em alguns casos, a cirurgia (ou flebectomia) pode ser indicada, como quando há varizes mais calibrosas que não respondem bem aos tratamentos menos invasivos, como a escleroterapia e o laser. 

Na cirurgia, que é a opção mais invasiva para tratar varizes, é necessário anestesia local ou raquianestesia. São feitas, então, microincisões no trajeto das varizes, com o objetivo de remover completamente as veias afetadas e redirecionar o fluxo sanguíneo

Quando se trata do tratamento das varizes e das possibilidades disponíveis, o ideal é consultar um angiologista/cirurgião vascular para que possa ser feita uma avaliação específica e a indicação da melhor opção de tratamento.

Para isso, considere o Instituto de Angiologia e Cirurgia Vascular (IACV) como a sua escolha ideal. Somos referência em cuidados vasculares e contamos com as mais modernas tecnologias do mercado e um time de profissionais experientes e atenciosos.

Acesse o link abaixo para agendar sua avaliação e dar o primeiro passo para cuidar da sua saúde vascular!

Quero agendar minha avaliação!

Tratamento de varizes: quanto tempo para ver resultado?

Quem tem varizes sabe o quanto essa condição gera incômodos estéticos e físicos, sendo natural querer se ver livre desse problema o quanto antes.

Sendo assim, ao procurar por tratamento médico, é normal que os(as) pacientes se sintam ansiosos(as) por ver os resultados o mais rapidamente possível, querendo saber quanto tempo vai levar para ver o resultado no tratamento das varizes.

Para alinhar as expectativas e evitar frustrações, é importante entender qual resultado esperar de cada tipo de tratamento e em quanto tempo.

Por isso, neste artigo vamos falar sobre a importância de que o tratamento de varizes seja iniciado o quanto antes e o tempo – médio – de resultado de cada abordagem. Continue a leitura!

.

A importância de tratar logo as varizes

As pessoas podem adiar o tratamento de varizes por diversos motivos, como por não saber que essa condição piora com o tempo, tanto na questão estética quanto em relação aos riscos à saúde. 

Especificamente em relação à estética, não tratar as varizes pode torná-las cada vez mais grossas, com possíveis mudanças na coloração e textura da pele ao redor (manchas). Além disso, há o risco do surgimento de úlceras e das hemorragias. 

em se tratando da saúde, adiar o tratamento de varizes pode causar aumento do inchaço, dor e desconforto, sem contar o risco do surgimento de coágulos e evolução para trombose venosa profunda, com consequente possibilidade de uma embolia pulmonar ou até AVC; condições gravíssimas, inclusive com risco à vida.

Sendo assim, quanto mais se adia o tratamento de varizes, mais o quadro tende a piorar, resultando na necessidade de tratamentos mais complexos e caros. Vale dizer, ainda, que o pós-tratamento tende a ser mais longo, restritivo e menos confortável. 

.

>>> Saiba mais – 7 riscos de se adiar o tratamento das varizes!

.

Em quanto tempo dá para ficar livre das varizes?

É muito importante entender que o tempo necessário para que o tratamento de varizes traga resultados varia de pessoa para pessoa e vai depender diretamente de uma boa indicação médica quanto ao tratamento mais adequado para cada caso. Fator importante que contribui para redução do tempo de tratamento é a prática de atividade física regular.

No entanto, é possível estabelecer um tempo médio de previsão de resultados, que depende do tipo de tratamento a ser realizado e da resposta de cada paciente. Abaixo, selecionamos os principais tratamentos e os prazos em que geralmente se costuma ver os resultados:

Veja também: Tratamento para varizes

.

Laser Transdérmico 

O uso do laser transdérmico é geralmente recomendado no tratamento de varizes de menor calibre e vasinhos nas pernas, rosto e pés, que estão dilatados e visíveis logo abaixo da superfície da pele. Em geral, essas são varizes menores que causam desconforto leve e incômodo estético. 

Nesse procedimento, o laser é aplicado para fechar os vasos sanguíneos dilatados, sendo sua energia direcionada para aquecer e secar as paredes dos vasos. Com o tempo, o próprio organismo absorve os vasos tratados. 

Quanto aos resultados, eles podem começar a ser vistos de 2 a 3 dias após o tratamento, momento em que o(a) paciente deve retornar ao consultório. Depois, há progressão dos resultados ao longo de 30 a 40 dias

Vale citar que, a depender da quantidade de vasos, pode ser necessária a realização de mais de uma sessão.

Veja também: Dor nas panturrilhas: possíveis causas e o que fazer?

Endolaser

O endolaser – ou laser endovenoso – é um método de tratamento no qual um fino catéter de fibra óptica é inserido no interior do vaso, para fechá-lo.

Procedimento minimamente invasivo, é utilizado no tratamento de varizes mais grossas e até em veias safenas ineficientes, que são as localizadas profundamente sob a pele. 

Uma das principais vantagens do endolaser é o tempo de recuperação. Por exemplo, um paciente que trata uma veia safena pode retornar ao trabalho em 3 ou 4 dias e a realizar atividades físicas em aproximadamente 5 a 6 dias.

Os resultados deste tipo de tratamento tornam-se visíveis entre 2 a 4 semanas após a realização do procedimento, evoluindo ao longo do tempo.

Veja também: Telangiectasias: O que são, Causas, Sintomas e Tratamento

.

Escleroterapia (com glicose ou espuma)

A escleroterapia é um procedimento utilizado no tratamento de varizes que envolve a injeção de uma substância líquida (comumente glicose) ou de uma espuma (polidocanol) diretamente nas varizes, causando uma irritação na parede interna das veias e levando-as a se fecharem. 

Com o passar do tempo, as veias tratadas são gradualmente absorvidas pelo organismo. 

Geralmente, espera-se de 30% a 50% de melhora por sessão e, em média, são necessárias duas sessões por região. O tempo de resultado final, então, vai depender de quantas regiões precisam ser tratadas.

.

Microcirurgia

A microcirurgia é uma excelente alternativa para tratamento de varizes, sendo indicado para as reticulares (em forma de rede) ou as microvarizes. 

O tratamento é realizado por meio de microincisões no trajeto das varizes, que são retiradas através da técnica “agulha de crochê”. Pode ser feita com anestesia local, anestesia local e sedação ou bloqueio regional. 

Como é feita a retirada da veia doente, o resultado é imediato, mas é necessário aguardar o período pós-operatório. De modo geral, entre 5 e 10 dias o(a) paciente já pode retornar às atividades cotidianas. 

.

Cirurgia de retirada de safena 

A cirurgia de retirada de safena é um procedimento realizado para tratar especificamente as veias associadas à insuficiência da veia safena. Nessa intervenção, a veia safena problemática é retirada por meio de pequenas incisões na pele – próximo à virilha e ao tornozelo – podendo envolver a remoção de partes da veia safena ou a veia toda. 

A cirurgia é feita com anestesia local ou geral e, apesar dos resultados imediatos, é necessário aguardar o pós-operatório que geralmente varia de 15 a 30 dias para que o paciente volte às atividades. 

—————————-

Não deixe para depois o tratamento das suas varizes! No Instituto de Angiologia e Cirurgia Vascular (IACV), você encontra profissionais renomados e um ambiente acolhedor e equipado com as mais modernas tecnologias. 

Agende a sua avaliação conosco hoje mesmo!

Aterosclerose e arteriosclerose: existe diferença? Quais os riscos?

No Brasil, as doenças cardiovasculares –– conjunto de doenças que afetam o coração e seus vasos sanguíneos –– são as principais causas de morte, com cerca de 300 mil pessoas sofrendo infarto por ano, dos quais quase 100 mil perdem a vida, segundo o Ministério da Saúde.

Quando se fala em problemas circulatórios, dois termos são muito frequentes: aterosclerose e arteriosclerose; condições relevantes não só para a saúde do coração, mas que também podem favorecer a ocorrência de problemas vasculares, como trombose e o acidente vascular cerebral – AVC.

Para sanar as dúvidas que surgem sobre aterosclerose e arteriosclerose, neste artigo vamos explicar as diferenças entre elas e quais os seus riscos.

Boa leitura!

O que é aterosclerose?

A aterosclerose é uma condição caracterizada pela redução do espaço interno das artérias, devido ao acúmulo progressivo de placas –– geralmente de gordura ou cálcio –– nas paredes das artérias. 

Essas  placas, conhecidas como ateromas (daí o termo aterosclerose), têm a capacidade de, com o passar do tempo, estreitar ou bloquear, totalmente ou parcialmente, o fluxo sanguíneo nas artérias, levando a enormes riscos, como de infarto agudo do miocárdio.

As causas mais comuns para o acúmulo de placas obstrutivas são o colesterol alto, alimentação rica em açúcar, sal e gorduras. 

Abaixo, listamos os principais fatores de risco para o desenvolvimento da aterosclerose: 

✅ Sedentarismo;

✅ Tabagismo;

✅ Hipertensão arterial;

Diabetes;

✅ Obesidade;

✅ Idade avançada;

✅ Histórico familiar;

✅ Gênero, sendo que os homens têm maior risco que as mulheres (até a menopausa).

A condição é, muitas vezes, assintomática em seus estágios iniciais. Porém, à medida que as placas se acumulam, é comum sentir dor no peito, falta de ar, fadiga, palpitações, fraqueza muscular e tonturas. 

>>> Veja também – Os benefícios das atividades físicas para a saúde vascular

O que é arteriosclerose?

Apesar dos termos serem semelhantes, a arteriosclerose ocorre quando as artérias se tornam mais espessas e rígidas, o que prejudica o fluxo sanguíneo. Em um estado saudável, as artérias são flexíveis e elásticas, permitindo que o fluxo aconteça normalmente. 

Esta condição é considerada multifatorial, mas geralmente é associada aos seguintes fatores:

✅ envelhecimento;

✅ aterosclerose;

✅ diabetes;

✅ depósito de cálcio nas paredes arteriais;

✅ lesões e inflamações crônicas das artérias;

✅ mudanças estruturais nas fibras musculares e no tecido conjuntivo das artérias. 

Além desses fatores, o tabagismo, a pressão alta, os níveis elevados de colesterol e triglicerídeos, a resistência à insulina e a obesidade também podem contribuir para o desenvolvimento da arteriosclerose. 

Os sintomas variam de acordo com as artérias afetadas e o grau de comprometimento do fluxo sanguíneo, sendo geralmente muito discretos nas fases iniciais. 

Em geral, os sintomas são muito parecidos aos da aterosclerose, como dor no peito, falta de ar e tonturas. 

>>> Saiba mais – Problemas vasculares e cardiovasculares: conheça as diferenças!

Quais os riscos envolvidos?

A aterosclerose e a arteriosclerose são condições perigosas, que podem desencadear uma série de complicações em diversos órgãos e tecidos, resultando em consequências que podem ser realmente graves para a saúde. 

Entre os problemas, destacam-se:

1. Problemas cardiovasculares

Infarto do miocárdio: bloqueio total ou parcial de uma artéria coronária, devido à presença de placas ateroscleróticas, o que pode levar à falta de oxigênio no coração, morte do tecido muscular, com consequente risco de  morte.

Doença arterial periférica: estreitamento arterial das pernas e dos braços que pode causar dor ao caminhar ou aos movimentos dos braços, também chamada de claudicação, e aumentando o risco de úlceras e amputações.

Angina: estreitamento das artérias, que reduz o fluxo sanguíneo para o coração, causando dor no peito, em geral durante esforços físicos;

Arritmias: o suprimento de sangue para o músculo cardíaco pode ser afetado, levando a alterações no ritmo cardíaco. 

Veja também: Telangiectasias: O que são, Causas, Sintomas e Tratamento

2. Problemas neurológicos

Acidente vascular cerebral (AVC): a formação de pequenos trombos nas artérias cerebrais pode interromper o fluxo sanguíneo para o cérebro em pequenos ou até extensos segmentos cerebrais.

Declínio cognitivo: o comprometimento do fluxo sanguíneo cerebral pode afetar a memória e a capacidade de raciocinar, sendo chamada de demência vascular.

Complicações neurológicas focais: dependendo das artérias afetadas, é possível que haja perda de sensibilidade, fraqueza e até mesmo paralisia em algumas partes do corpo.

3. Problemas vasculares 

Trombose arterial: placas formadas principalmente por colesterol podem se romper com maior facilidade e levar a formação de trombose que podem ocluir segmentos arteriais aumentando o risco de isquemias.

Embolia arterial: Ocorre quando placas ateroscleróticas ou coágulos se soltam e se deslocam para outras partes do corpo através da corrente sanguínea, bloqueando vasos menores. A segunda causa de AVC isquêmico é a aterosclerose ou formação de placas nas carótidas.

Isquemia: caracterizada pela redução do fluxo sanguíneo nos tecidos e órgãos. 

Para terminar, vale destacar que mudanças saudáveis no estilo de vida são recomendadas tanto no tratamento quanto na prevenção da aterosclerose e arteriosclerose. Medidas como manter uma dieta saudável, praticar exercícios físicos regulares, não fumar e controlar o estresse são recomendadas. 

Além disso, manter uma rotina de consultas médicas e exames regulares é fundamental para que esses riscos sejam prevenidos ou identificados precocemente e, assim, sejam tratados.

————————–

O Instituto de Angiologia e Cirurgia Vascular (IACV) é referência em cuidados vasculares, como no tratamento de varizes e trombose, e conta com o que há de mais moderno em tecnologias, além de um time de profissionais experientes e atenciosos.

Se você está no Distrito Federal ou Entorno, clique no link abaixo e venha cuidar da sua saúde vascular conosco!

Quero agendar minha consulta no IACV

Angiopatia diabética: o que é e quais os seus riscos?

Estima-se que quase 500 milhões de pessoas vivam com diabetes em todo o mundo, dentre as quais quase metade não sabe que tem o problema.

Angiopatia diabética é uma complicação vascular potencialmente grave associada a essa condição, desenvolvida por boa parte dos pacientes com diabetes, o que torna essa condição um problema de saúde global.

Essa condição danifica os vasos sanguíneos pelo excesso de glicose no sangue e gera uma série de riscos para a saúde.

Veja a seguir, com mais detalhes, o que é a angiopatia diabética, quais os seus riscos e como se proteger. Boa leitura!

.

Diabetes e problemas vasculares: qual a relação?

O diabetes é uma condição crônica (sem cura), caracterizada por níveis elevados de glicose no sangue, devido à falta ou resistência à insulina, hormônio responsável por regular o açúcar no sangue. 

Essa elevação constante da glicose pode causar danos aos vasos sanguíneos ao longo do tempo, resultando em problemas vasculares.

Altos níveis de glicose danificam a camada que reveste o interior dos vasos sanguíneos, facilitando a ocorrência de inflamações e formação de placas de gordura. Essas placas podem obstruir o fluxo sanguíneo e reduzir a circulação para órgãos e tecidos, o que pode levar a diversas complicações.

As complicações vasculares mais comuns associadas ao diabetes incluem:

✅ Retinopatia diabética (que afeta a visão).

✅ Nefropatia diabética (que afeta os rins).

✅ Neuropatia diabética (que afeta os nervos).

✅ Angiopatia diabética (que afeta os vasos sanguíneos em geral).

.

Portanto, o controle adequado dos níveis de glicose no sangue é essencial para prevenir ou minimizar os problemas vasculares decorrentes do diabetes. 

.

>>> Veja também: 20 termos sobre saúde vascular que você precisa conhecer

.

O que é angiopatia diabética e quais os seus riscos?

A angiopatia é um termo genérico, utilizado para designar as doenças do sistema vascular. Logo, a angiopatia diabética é o nome dado a doenças ocasionadas pelo diabetes, que acometem o aparelho circulatório, especialmente os pequenos vasos, que irrigam órgãos como olhos, rins e extremidades (como os pés).

Veja também: Tratamento para varizes

A angiopatia diabética pode resultar em complicações sérias, como as seguintes:

1. Microangiopatia diabética

As complicações decorrentes do diabetes, classificadas como microangiopatias, são aquelas que danificam os pequenos vasos, sobretudo os capilares. Entre as principais doenças que derivam desse problemas pode citar:

.

👉 Nefropatia

Fazem parte da composição de nossos rins vários vasos de tamanho pequeno, cuja função é transportar sangue com impurezas, que serão eliminadas através da urina. Quando os vasos no rins são impactados pelo diabetes, esse processo de filtragem acaba sendo prejudicado, gerando uma nefropatia.

Uma das possíveis complicações causadas pela nefropatia é a falência total das funções dos rins. A patologia é identificada através de exame de sangue específico, que indica a perda de proteínas na urina.

.

👉 Retinopatia

Assim como os rins, nossa retina também é repleta de pequenos vasos que, uma vez prejudicados, podem levar a graves complicações, inclusive à cegueira.Uma angiopatia diabética que causa retinopatia e pode levar à cegueira tem mais chances de ocorrer em portadores da diabetes tipo 2, que devem buscar tratamento desde o diagnóstico, impedindo a progressão da deterioração dos vasos da retina.

.

>>> Veja também: Quais alimentos fazem bem para a circulação?

.

2. Macroangiopatia diabética

Enquanto a microangiopatia diabética se dá através da diminuição das funções dos pequenos vasos, a macroangiopatia acontece na parede das grandes artérias, como a coronária, as cerebrais e as dos membros inferiores.

Os casos mais comuns de macroangiopatia diabética decorrem de uma aterosclerose, condição em que acontece um acúmulo progressivo de placas de gordura na parede das artérias. Confira quais são os seus principais tipos:

.

👉 Aterosclerose cerebral

Nesse caso, as artérias cerebrais são comprometidas devido à angiopatia diabética e, por conta do acúmulo de placas, pode culminar em um AVC. Alguns sintomas desse tipo de aterosclerose podem ser a falta de memória e a dificuldade em conduzir raciocínios.

.

👉 Aterosclerose de coronárias

Já a aterosclerose das coronárias acontece quando a angiopatia diabética impacta o funcionamento das artérias do coração através do comprometimento da passagem do sangue, que quando acontece de forma total, leva a um ataque cardíaco (infarto do miocárdio).

Por conta da fragilização dos vasos, incluídos as artérias coronárias, portadores de diabetes têm o risco de infarto aumentado em até 4 vezes.

.

👉 Aterosclerose dos membros inferiores

Por fim, temos a aterosclerose dos membros inferiores. Conforme a parede das artérias vai sendo comprometida pela passagem do sangue com altos níveis de glicose, os membros inferiores passam a ser menos irrigados, gerando um quadro de isquemia, que é capaz de produzir lesões ou úlceras isquêmicas. Quando elas ocorrem no pé é chamada de pé diabético.

Porém, a diabetes tanto contribui para a manutenção das úlceras quanto dificulta que elas se fechem por influenciar na cicatrização, levando a complicações graves que podem chegar até a amputação de parte dos membros inferiores, como dedos ou mesmo todo o pé. 

.

Veja também: Dor nas panturrilhas: possíveis causas e o que fazer?

Como prevenir esse problema?

A melhor forma de prevenir a angiopatia diabética é controlando a diabetes desde o momento que ela surge. Como essa doença é “silenciosa”, ou seja, não dá sinais muito claros, muitas pessoas não dão a devida importância ao diabetes até que estejam em um quadro avançado. Muitos pacientes afirmam “não estou sentindo nada, pra que tratar” ou “não sinto nada, não farei dieta”. Mas, é fundamental que os pacientes saibam que esse é o melhor momento para prevenir e ter um envelhecimento muito mais saudável.

É importante lembrar que o tabagismo associado ao diabetes acelera muito a progressão da ateromatose, devendo para o cigarro o mais precoce possível.

E a atividade física regular é fundamental na prevenção. Ajuda tanto no controle da diabetes, quanto na redução das lesões vasculares ocasionadas pela doença. 

Nesse sentido, manter o acompanhamento regular da glicemia, além do acompanhamento com endocrinologista e nutricionista, são medidas fundamentais.

Veja também: Telangiectasias: O que são, Causas, Sintomas e Tratamento

.

E quando o problema já está instalado?

Não existe segredo. As orientações citadas na prevenção também valem aqui. Alguns pacientes falam “dr. já está ruim mesmo, nem vou me preocupar. Quero continuar comendo o que gosto!”. Mas, a angiopatia diabética vai piorar se não houver controle. É fundamental o controle do diabetes, para se evitar a progressão dos danos.

Em casos mais avançados, pode ser necessário procedimentos cirúrgicos como revascularização ou cateterismos para que melhore o fluxo sanguíneo para a região afetada. 

Além disso, manter acompanhamento regular com angiologista/cirurgião vascular quanto à saúde dos vasos é outra medida fundamental. Esse(a) especialista é responsável por investigar, diagnosticar e tratar os problemas que acometem o sistema vascular.

————————

Nesse sentido, conte com o Instituto de Angiologia e Cirurgia Vascular (IACV). Somos referência em cuidados vasculares e contamos com um time de profissionais experientes e atenciosos para oferecer o tratamento que você espera e merece.

Se você está no Distrito Federal ou Entorno, clique no link abaixo para agendar sua avaliação e vir cuidar da sua saúde conosco!

Quero agendar minha avaliação

Varizes nos pés: podem ser perigosos?

Aspecto comum em muita gente, mas que a maioria não se preocupa, as varizes nos pés podem ser um indício de que algo não vai bem com sua saúde vascular. 

Localizados tanto nos pés quanto na região dos tornozelos, têm evolução lenta e, por isso mesmo, não costumam chamar a atenção.

Mas será que é apenas uma questão estética ou pode ser sinal de algo mais sério? 

Se você também tem vasinhos nos pés e quer entender mais sobre o assunto, confira as informações a seguir.

.

Vasinhos nos pés: o que são e por que eles surgem?

As varizes são ocasionadas pela doença venosa crônica, condição em que as válvulas das veias perdem capacidade de direcionar o sangue de volta ao coração. Com isso, o sangue fica acumulado em seu interior, sobrecarregando a circulação venosa e fazendo com que as veias se dilatem e fiquem tortuosas, levando aos problemas típicos das varizes: dor, inchaço, sensação de peso nas pernas, câimbras, queimação, entre outros.

Os vasinhos (telangiectasias) nos pés também podem ser uma forma de doença venosa crônica, considerada como uma fase inicial do problema quando apresenta mínimas telangiectasias ou até uma fase avançada, quando já há uma grande quantidade de vasinhos associado a varizes, o que é chamado de coroa flebectásica.

Caso haja algum comprometimento em alguma veia das pernas – inclusive da veia safena – o sangue tende a permanecer mais tempo acumulado na região e a aumentar a pressão sobre essas veias. Essa pressão é retransmitida a vasos menores (como os dos pés), gerando esse aspecto dos vasinhos.

Inclusive, é comum que, ao final do dia, a região desses vasinhos dos pés esteja mais escurecida devido a essa má circulação do sangue na área.

Veja também: Tratamento para varizes!

Pé com vasinhos

.

Os principais fatores de risco para problemas vasculares são:

Herança genética: algumas pessoas têm uma fragilidade maior das veias, o que faz com que elas se dilatem.

Obesidade: nessa condição a pressão sobre os vasos aumenta, dificultando a circulação do sangue.

Gravidez: durante a gestação, o aumento do útero comprime as veias que realizam o retorno do sangue ao coração, sobrecarregando as veias das pernas.

Envelhecimento: as paredes das veias começam a se enfraquecer com o passar do tempo.

Ficar muito tempo em pé ou sentado: ficar longos períodos em pé ou sentado também podem contribuir para o surgimento de varizes, sobretudo os vasinhos nos pés.

.Veja também: Dor nas panturrilhas: possíveis causas e o que fazer?

Vasinhos nos pés podem ser perigosos?

É comum as pessoas olharem para os vasinhos nos pés apenas como problemas estéticos. Apesar de sabermos que questões estéticas são importantes e merecem cuidados, os riscos dos vasinhos nos pés vão além disso.

Como vimos acima, o problema da coroa flebectásica é a consequência de algum comprometimento em outras veias mais profundas das pernas e pode estar servindo de alerta para isso.

Uma das características dos problemas venosos é serem silenciosos e não darem muitos sinais até que estejam graves. Por isso a importância de termos atenção a qualquer mínimo sinal de alteração, como os vasinhos no pés e tornozelos.

Veja também: Telangiectasias: O que são, Causas, Sintomas e Tratamento

.

Como tratar?

Agora que você já sabe o que são os vasinhos nos pés, como os identificar e se eles representam algum risco, vamos falar sobre as formas de tratamento ideias para essa condição.

Lembre-se de que a busca por um médico especializado para iniciar o tratamento também é indicada para os vasinhos nos pés, que apesar de parecerem simples, não devem ser negligenciados.

Como os vasinhos acabam sendo vistos como algo sem importância ou meramente estético, não é raro algumas pessoas optarem por tratamentos caseiros, com uso de produtos – como cremes e loções – que teriam a função de eliminá-los.

Por isso, vale lembrar que não é possível tratar problemas vasculares só com remédio, sejam eles medicamentos tópicos ou orais. Esses medicamentos podem ser prescritos por um médico apenas para reduzir os incômodos provocados pela patologia, mas nunca para resolver o problema vascular, que precisam de outras abordagens.

Conheça os tratamentos que realmente funcionam para tratar vasinhos abaixo:

.

Escleroterapia

Procedimento minimamente invasivo, que consiste na injeção de uma substância esclerosante no interior da veia, fazendo com que suas paredes se fechem, e as varizes sequem.

Pode ser feita da maneira tradicional, com uso de substâncias esclerosantes, como glicose, ou com uso de espuma, utilizando uma mistura de ar e polidocanol, que são agitados até se transformar em espuma. Saiba mais sobre a escleroterapia clicando aqui.

.

Laser transdérmico

Procedimento nada invasivo, é feito por meio da aplicação de um laser especial sobre a região dos vasinhos, o que gera calor e elimina o problema.

Método sem cortes ou pontos, pode ser feito em clínica, sem necessidade de anestesia. Além de evitar sangramentos, não deixar cicatrizes e permitir a retomada rápida das atividades.

Você pode conhecer em detalhes os melhores tratamentos para os vasinhos nos pés, clicando aqui.

————————

Os vasinhos nos pés podem causar, em um primeiro momento, mais incômodos estéticos, porém, não devem ser negligenciados. O tratamento adequado garantirá que eles não evoluam para outras formas mais graves de varizes, além de permitir a identificação de problemas vasculares em outras veias.

Se você está no Distrito Federal ou Entorno e quer ser avaliado(a) por profissionais experientes e atenciosos, que dispõem das mais modernas tecnologias para tratar as varizes, clique no link abaixo para agendar sua avaliação no Instituto de Angiologia e Cirurgia Vascular (IACV).

Cirurgia Para Varizes: Como Funciona e Vantagens

A cirurgia para varizes é uma forma de se tratar o problema – procedimento pelo qual se faz a remoção da veia varicosa.

Apesar de ainda ser indicada em alguns casos, essa opção tem sido cada vez menos usada, diante de alternativas mais modernas, que trazem ótimos resultados, com menos riscos e maior conforto aos pacientes.

Se você ainda achava que cirurgia era sempre a indicação para tratar varizes, vai descobrir a seguir por que cirurgia para varizes é raramente a melhor escolha hoje em dia!

.

Como é feita a cirurgia de varizes?

Cirurgia de varizes: o que é e como funciona

A cirurgia para tratar varizes – conhecida como flebectomia – é a opção mais invasiva para se tratar esse tipo de problema. 

É realizada sob anestesia local ou raquianestesia e pode ser feita por meio de microincisões realizadas no trajeto das varizes. O objetivo dela é remover completamente as veias afetadas e redirecionar o fluxo sanguíneo apenas para as veias saudáveis e, assim, resolver a sobrecarga no sistema circulatório.

Confira abaixo um exemplo do procedimento:

A cirurgia é melhor indicada para pessoas com varizes muito calibrosas, que não respondem bem aos tratamentos menos invasivos, como escleroterapia ou tratamentos a laser.

.

Veja também

É possível tratar varizes só com remédios?

Tratamento para varizes!

.

Quando é necessário fazer cirurgia de varizes?

Apesar de ainda ter indicação para os casos mais complexos, a cirurgia de varizes é um procedimento considerado ultrapassado, quando comparado a outros tipos de tratamento mais modernos.

Acima você viu que o procedimento pode ser indicado para algumas situações, mas por que cirurgia para varizes raramente é a melhor escolha hoje em dia?

Confira algumas das razões:

  • Envolve um pré e pós-operatório mais restritivo do que os procedimentos feitos com as técnicas modernas, podendo chegar a semanas de afastamento das atividades no trabalho e exercícios físicos.
  • Necessidade de internação em ambiente hospitalar.
  • Maiores riscos de hematomas, lesão de vasos linfáticos, infecções e lesões de nervo da perna, que podem levar a dores persistentes, formigamentos e pontadas.
  • Maiores chances de retorno de varizes no local, principalmente quando a cirurgia envolve varizes grossas.

.

>>> Veja também – Soluções que NÃO funcionam para tratar varizes

.

Vantagens dos novos tratamentos para varizes

Confira agora as vantagens de procedimentos mais modernos para tratar as varizes – como escleroterapia e técnicas a laser – que podem substituir as cirurgias com grandes vantagens, na maioria dos casos.

.

1. Não exige grandes afastamentos das atividades diárias

As técnicas modernas não são cirúrgicas, ou seja, eliminam a necessidade de realização de procedimentos que exigem maior preparação do paciente, seja antes ou depois, e podem ser feitos inclusive sem o uso de anestesia; somente anestésico local para evitar incômodos.

Inclusive, os tratamentos a laser e a escleroterapia são realizados no próprio consultório médico, facilitando todo o processo sem perdas na segurança.

Além disso, por serem minimamente (ou nada) invasivas, as modernas técnicas de tratamento das varizes não geram lesões ou danos aos tecidos que exijam maiores cuidados ou tempo de cicatrização, que é o que costuma aumentar o tempo de repouso e afastamento das opções cirúrgicas.

Veja também: Dor nas panturrilhas: possíveis causas e o que fazer?

2. São técnicas minimamente invasivas

Ligado ao tópico acima, os tratamentos mais atuais para varizes são feitos por meio de técnicas e materiais que buscam tornar o procedimento mais confortável ao(à) paciente, com menos dor e agressividade.

No caso das técnicas a laser, por exemplo, pode ser optado inclusive pela aplicação sobre a pele, sem cortes, perfurações ou sangramentos; após o que o(a) paciente pode retomar imediatamente suas atividades.

Veja também: Telangiectasias: O que são, Causas, Sintomas e Tratamento

.

3. Custo reduzido

Por não exigirem toda a estrutura necessária para os procedimentos cirúrgicos, as técnicas modernas para tratar varizes também podem gerar uma importante redução nos custos, por motivos como:

  • Não precisarem ser feitos em hospital;
  • Dispensarem internação;
  • Não demandarem a presença de anestesista;
  • Exigirem menos recursos e estrutura.

.

4. Podem ser mais eficazes

Como os tratamentos modernos permitem a associação de diferentes técnicas para diferentes tipos de varizes, os resultados podem ser inclusive mais eficazes e com resultados mais duradouros que nas opções cirúrgicas.

.

>>> Veja também – Vale a pena ir a outra cidade só para tratar as varizes?

.

5. Os procedimentos seguem em constante evolução

Ao contrário do que ocorre com o procedimento cirúrgico, que consiste basicamente da mesma técnica há muitos anos, os demais procedimentos têm tido evolução ao longo dos anos, com o surgimento de novos equipamentos que permitam ainda mais benefícios aos(às) pacientes.

.

6. Substituição da cirurgia na maioria dos casos

Mesmo nos casos em que, até há algum tempo, a cirurgia de varizes era a única opção – como nos casos de varizes mais grossas e comprometidas – as técnicas mais atuais têm trazido ótimos resultados, com menos riscos e desconfortos.

A escleroterapia com espuma densa ou mesmo o laser endovenoso, por exemplo, podem hoje ser usados para tratar inclusive as veias safenas; coisa que antes só era feita por meio de procedimentos cirúrgicos.

.

7. Possibilidade de evitar o uso de agulhas

Para aquelas pessoas que têm receio mesmo do uso de discretas agulhas, existe hoje a possibilidade de se tratar as varizes sem qualquer perfuração na pele, sangramento ou pontos.

É o caso do laser transdérmico. Guardadas as devidas diferenças, o procedimento se assemelha à aplicação dos lasers para remoção de pelos, só que sempre realizado por médico especialista em varizes. Ou seja, um procedimento nada invasivo.

—————————–

Como vimos, com as opções disponíveis hoje, a cirurgia para varizes raramente é a melhor escolha. Porém, vale citar que essa continua sendo uma alternativa para alguns pacientes; especialmente aqueles em que as técnicas menos invasivas não foram suficientes.

O ideal é se consultar com um angiologista/cirurgião vascular para uma avaliação específica do seu caso e indicação da melhor opção para você.

Nesse sentido, considere o Instituto de Angiologia e Cirurgia Vascular como sua melhor opção. Somos referência em cuidados vasculares e contamos com uma estrutura moderna e profissionais experientes, atenciosos e sempre atualizados quanto às técnicas mais atuais.

Se você está no Distrito Federal ou Entorno, clique no link abaixo para agendar sua avaliação e venha cuidar da sua saúde vascular conosco!

Anticoncepcionais e trombose: existe relação?

Não é raro ouvir pessoas associarem quadros de trombose e embolia pulmonar ao uso de anticoncepcionais. Mas, será que existe mesmo essa relação?

Essa dúvida traz insegurança para muitas mulheres quanto ao uso ou não desse tipo de método anticoncepcional, pelo receio de desenvolver esse quadro vascular.

Hoje vamos responder essas e outras dúvidas relacionadas ao uso de anticoncepcionais e o desenvolvimento de trombose.

Boa leitura!

.

Afinal, o que é trombose?

A trombose é uma condição de saúde que ocorre quando um coágulo – conhecido como trombo – se forma dentro de um vaso sanguíneo normal e dificulta ou interrompe o fluxo normal do sangue

Geralmente a trombose ocorre nas veias (trombose venosa), embora também possa ocorrer nas artérias (trombose arterial). A trombose, com implicações clínicas,  mais comum é a trombose venosa profunda (TVP), que ocorre quando um coágulo se forma nas veias profundas das pernas, coxas ou pelve.

Os coágulos sanguíneos são formados como uma resposta do organismo para prevenir a perda excessiva de sangue em caso de lesões ou ferimentos. No entanto, em certas situações, ocorre a formação indevida de coágulos, ou seja, em veias normais e que pode ser perigosa. 

Os principais fatores de risco para a formação de coágulos sanguíneos incluem:

  • longos períodos de imobilidade (como em internações ou longas viagens);
  • cirurgias;
  • gravidez;
  • obesidade;
  • histórico familiar de trombose, entre outros.

Veja também: Doenças vasculares periféricas: tipos, causas, sintomas e tratamentos

.

Anticoncepcional e trombose: qual a relação?

Anticoncepcionais e trombose podem estar, sim, relacionados; mais especificamente quando falamos de contraceptivos orais em sua forma combinada, ou seja, nos medicamentos em que os hormônios progesterona e estrogênio estão presentes.

Segundo a Anvisa, mulheres que utilizam anticoncepcionais orais combinados têm cerca de 3 vezes mais chances de desenvolver tromboembolismo venoso, principalmente de membros inferiores, comparado com mulheres que não utilizam. 

Porém, a Anvisa ressalta que os riscos em utilizar anticoncepcionais orais e desenvolver trombose ainda assim são muito pequenos. Só para se ter uma idéia, as chances de mulheres desenvolverem trombose na gravidez são o dobro daquelas que usam anticoncepcionais orais combinados.

Veja também: Tratamento para varizes

.

Principais dúvidas sobre anticoncepcionais e trombose

Agora que você já sabe qual é a relação entre anticoncepcionais e trombose, confira as respostas para as principais dúvidas das mulheres sobre o desenvolvimento da patologia a partir do uso de métodos contraceptivos orais.

.

1. O risco de desenvolver trombose varia conforme o tipo de anticoncepcional?

Como foi apontado acima, os anticoncepcionais que têm risco aumentado para o  desenvolvimento de trombose são os orais combinados, ou seja, aqueles que  apresentam em sua composição a junção dos hormônios progesterona e estrogênio.

.

2. O risco de trombose se mantém enquanto utilizo o anticoncepcional oral combinado?

Não. O risco é maior durante os três primeiros meses de uso, diminuindo a partir do quarto mês e após 1 ano, o risco se torna semelhante ao de uma mulher que não utiliza a medicação. 

.

3. Quais os fatores de riscos adicionais associados ao uso de anticoncepcional orais combinados para desenvolver trombose?

1. Tabagismo;

2. Hipertensão arterial;

3. Idade superior a 35 anos;

4. Obesidade (IMC superior a 30 kg/m²);

5. Presença de trombofilias hereditárias e adquiridas (como, fator V de Leiden e Síndrome do anticorpo antifosfolipídeo – SAF).

.

3. Quem já teve trombose pode tomar anticoncepcional?

Depende. Essa decisão vai depender de cada caso, conforme avaliação do médico. 

Dito isso, não há uma proibição absoluta ao uso de anticoncepcionais. O que se tem é a recomendação de se tomar mais cuidado pelo profissional que fizer a prescrição, avaliando os riscos e benefícios, além de alternativas que não aumentem o risco de trombose e manter um acompanhamento regular com angiologista/cirurgião vascular nesses casos.

.

4. É preciso interromper o uso de anticoncepcional quando está tratando uma trombose?

Se o uso do anticoncepcional não for realmente necessário durante o período do tratamento, a melhor opção é interromper o uso.

Porém, caso a medicação não possa ser pausada, seu uso associado ao medicamento anticoagulante pode ser mantido.

Mas, novamente, cada caso deve ser avaliado de maneira independente.

.

5. Anticoncepcionais aumentam o risco de trombose durante cirurgia?

Como vimos acima, cirurgias – especialmente as que exigem longos períodos de imobilidade – podem afetar a coagulação sanguínea. Os anticoncepcionais hormonais podem contribuir para o aumento desse risco.

Sendo assim, é importante informar a equipe médica sobre o uso de anticoncepcionais hormonais antes de qualquer procedimento cirúrgico. Isso permitirá que eles avaliem o risco individual e tomem medidas preventivas, como o uso de medicamentos anticoagulantes. Apesar de não ser necessária a suspensão do anticoncepcional, algumas equipes médicas optam por isso.

.

>>> Veja também – Por que o risco de trombose é maior em viagens?

.

6. É preciso fazer exame de sangue antes de iniciar anticoncepcionais orais?

Não. Não é necessário fazer qualquer exame de sangue ou exame de imagem, como ecoDoppler. O que é fundamental é uma consulta médica detalhada buscando, principalmente, os fatores de riscos para trombose. 

.

7. Quais métodos contraceptivos não envolvem o risco de trombose?

Todos os medicamentos contraceptivos sem hormônios combinados, além do DIU (de cobre ou hormonal), implantes subdérmicos e, claro, os preservativos.

Veja também: Telangiectasias: O que são, Causas, Sintomas e Tratamento

.

———————————

.

Se você possui mais dúvidas sobre a relação entre anticoncepcionais e trombose, o ideal é conversar com um angiologista/cirurgião vascular.

Nesse sentido, conte com o Instituto de Angiologia e Cirurgia Vascular (IACV); referência no DF em cuidados com a saúde vascular, dispondo de estrutura moderna e um time de profissionais experientes e atenciosos.

Se você está no Distrito Federal ou Entorno, clique no link abaixo e venha cuidar da sua saúde vascular conosco!

Pessoas obesas podem tratar varizes ou precisam emagrecer?

Cerca de 25% da população brasileira é obesa, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) realizada em 2020. Uma das complicações dessa doença pode ser as varizes. 

A partir da junção dessas duas condições, é comum que uma dúvida surja: pessoas obesas podem tratar varizes ou precisam emagrecer primeiro?

Pensando nessa pergunta, elaboramos esse conteúdo, para que você entenda qual é a relação entre a obesidade e varizes e como funcionam os tratamentos para os vasos defeituosos nesses casos. 

Boa leitura!

Qual a relação entre obesidade e varizes?

Antes de saber se pessoas obesas podem tratar varizes, vamos entender como essas duas condições se relacionam.

Quando uma pessoa apresenta um quadro de obesidade, a gordura corporal passa a pressionar o sistema vascular, fazendo com que o sangue tenha mais dificuldade de realizar o seu trajeto de volta ao coração.

O sangue fica então represado, sobretudo nas veias das pernas, sobrecarregando o sistema venoso, o que leva a um aumento da pressão venosa. Como as veias não conseguem suportar essa pressão, suas paredes se dilatam e surge a insuficiência venosa crônica (varizes). Ou seja, a obesidade não é a causa direta das varizes, mas sim de dificuldades para circulação sanguínea, o que acaba levando às varizes.

Isso faz com que pessoas nessa condição tenham uma tendência maior a desenvolver  veias defeituosas, com quadros mais graves e mais chances de complicações.

>>> Veja também: Soluções que NÃO funcionam para tratar varizes

Os riscos de certos procedimentos para pessoas obesas

Você já sabe como a obesidade é uma condição propícia para o surgimento das varizes. Agora vamos entender como funcionam os tratamentos nesses casos.

É importante frisar que, apesar de ser possível a realização de qualquer procedimento vascular em pessoas obesas, esse quadro pode trazer maiores desafios técnicos ao cirurgião vascular e maior risco de complicações, principalmente no caso de procedimentos cirúrgicos em pessoas com IMC muito elevado.

Isso porque é necessário atravessar a camada adiposa para chegar às veias que serão tratadas, o que torna o procedimento mais complexo. Além disso, a obesidade traz consigo um quadro de inflamação crônica e sistêmica, aumentando os riscos de complicações pós-operatórias, como infecções e trombose.

A mobilidade do paciente obeso, que já é reduzida, tende a ficar ainda mais, por conta do procedimento, o que também representa um risco.

>>> Veja também: 7 riscos de adiar seu tratamento de varizes!

Pessoas obesas podem tratar varizes ou precisam emagrecer?

médica usando fita métrica na cintura de mulher obesa.

Veja também: Tratamento para varizes

Veja também: Telangiectasias: O que são, Causas, Sintomas e Tratamento

Os riscos apresentados acima não significam que pessoas obesas não possam tratar varizes, mas que todo o processo, desde as primeiras consultas, requer mais cuidado.

Em casos mais graves, nos quais as varizes já desenvolveram úlceras ou trombos, a cirurgia é recomendada, ficando a cargo do angiologista/cirurgião vascular estudar e apontar a melhor forma de tratar o paciente.

Assim como no caso apontado acima, quando o paciente possui dificuldade para emagrecer, alternativas também devem ser buscadas, através de procedimentos menos invasivos, como a cirurgia a laser.

Porém, estamos falando de casos mais extremos; caso contrário, o recomendado é que o paciente perca peso para que o tratamento possua mais eficácia, já que, por conta do sobrepeso:

  • O médico pode enfrentar dificuldades para diagnosticar corretamente as varizes, logo o exame deverá ser realizado pelo próprio médico.
  • O quadro de obesidade pode gerar dúvidas quanto à origem do desconforto do paciente; se é causado pelas varizes ou pelo próprio excesso de peso (cansaço, dores nas pernas, má circulação, sensação de peso etc).
  • O procedimento pode resolver momentaneamente os problemas do paciente com as varizes, mas a tendência é que, caso o excesso de peso se mantenha, as varizes tenham mais chance de reaparecer.

Veja também: Doenças vasculares periféricas: tipos, causas, sintomas e tratamentos

Dicas práticas para emagrecer

Se o seu angiologista/cirurgião vascular recomendou que o ideal é que você perca peso primeiro, para depois tratar as varizes, algumas dicas podem te ajudar nesse processo:

  • Conte com ajuda profissional (nutricionista e educador físico). Esses profissionais vão encurtar muito o caminho para você.
  • Antes de pensar em quantidades de alimentos, foque em tornar suas refeições mais saudáveis, como trocando alimentos refinados por integrais e evitando frituras e açúcar.
  • Aumente o consumo de água. Quanto mais hidratado seu corpo estiver, menos ele vai reter líquido e vai desinchar.
  • Pratique atividade física de forma regular, mas vá no seu ritmo. No início, a constância é mais importante que a intensidade.
  • Busque apoio da família. Contar com pessoas próximas vai te incentivar.
  • Melhore a higiene do sono. 

>> Veja também: Quais alimentos fazem bem para a circulação?

———————————

Como você viu, pessoas obesas podem tratar varizes, mas é necessária uma avaliação individualizada com o angiologista/cirurgião vascular, que vai definir a relação risco-benefício e determinar a necessidade ou não de perda de peso.

Se você está no Distrito Federal ou Entorno e deseja ter a melhor indicação de como tratar as suas varizes, conheça o Instituto de Angiologia e Cirurgia Vascular, referência nos cuidados com a saúde vascular e uma ótima opção para tratar as varizes.

Clique no link abaixo para agendar sua avaliação e venha cuidar da sua saúde conosco!