O pé diabético afeta milhões de brasileiros e é uma das possíveis complicações do diabetes que podem gerar mais incômodos e riscos graves; inclusive de amputação.
Por ser uma algo que evolui de forma silenciosa (sem dar muitos sinais), eleva ainda mais o risco.
Saiba mais sobre essa condição, quais são os seus sinais e sintomas e conheça também as suas principais formas de prevenção e tratamento.
Boa leitura!
O que é pé diabético?
O pé diabético é uma complicação do diabetes, que pode surgir devido a vários fatores.
Para entender melhor como essa complicação surge, vamos relembrar alguns conceitos sobre a diabetes: trata-se de uma doença que afeta a forma como o corpo processa a glicose, um tipo de açúcar utilizado como fonte de energia pelas células do corpo.
Quando a doença não é controlada adequadamente, pode causar danos aos nervos, aos vasos sanguíneos e alterar a função imunológica, aumentando o risco de lesões e infecções, principalmente nos pés.
Alguns fatores que contribuem para o surgimento do pé diabético incluem:
- Neuropatia diabética: o diabetes pode danificar os nervos dos pés e afetar a sensibilidade e percepção de dor. Com isso, lesões e feridas podem ocorrer mais facilmente e não serem percebidas, podendo evoluir para úlceras e infecções.
- Doença vascular periférica: os vasos sanguíneos dos pés também podem ser afetados pela doença ocasionando doença arterial obstrutiva periférica, reduzindo o fluxo sanguíneo e a oxigenação dos tecidos, o que pode facilitar o surgimento de lesões e comprometer a cicatrização de feridas.
- Infecções: ao afetar a função imunológica, a diabetes torna os pacientes mais suscetíveis a infecções nos pés.
- Traumas: lesões nos pés, como cortes e bolhas, podem evoluir para úlceras e infecções de difícil cicatrização em pacientes com diabetes, o que eleva muito o risco e exige um cuidado redobrado dos pacientes.
Quanto não identificadas e tratadas, as complicações apresentadas no pé diabético podem gerar alguns riscos graves, como celulite, gangrena, sepse, amputações e até óbito.
Por conta disso, todo portador de diabetes deve se atentar ao máximo aos cuidados com os seus pés. Confira abaixo quais são os principais sinais e sintomas do pé diabético e, posteriormente, quais são as melhores formas de prevenção e os tratamentos indicados.
Veja também – Problemas vasculares e cardiovasculares: conheça as diferenças
Quais os sinais e sintomas?
Uma das principais características do pé diabético é que ele pode não ser percebido por seu portador, isso porque, um dos efeitos da neuropatia diabética sobre os pés é a perda da sensibilidade.
Ou seja, um portador de pé diabético pode não sentir ou incômodos mesmo que o seu pé enfrente problemas de circulação ou feridas.
Apesar de a sensibilidade afetar a percepção dos problemas que afetam o pé, outros sinais e sintomas também podem ajudar na identificação do pé diabético:
- Feridas ou úlceras nos pés: as feridas ou úlceras nos pés podem ser um sinal de que a circulação sanguínea nos pés está comprometida ou de que há danos nos nervos dos pés;
- Alterações na cor ou temperatura dos pés: os pés podem ficar mais frios ou mais quentes que o normal, ou apresentar uma coloração mais pálida ou avermelhada;
- Inchaço nos pés: o inchaço nos pés pode ser um sinal de problemas circulatórios ou de insuficiência cardíaca;
- Unhas deformadas ou espessas: as unhas do pé diabético podem se tornar deformadas ou espessas em pacientes com pé diabético;
- Calos ou calosidades: calos ou calosidades podem se desenvolver nos pés como resultado do uso de calçados inadequados ou da pressão excessiva nos pés;
- Mau cheiro nos pés: o mau cheiro nos pés pode ser um sinal de infecção fúngica ou bacteriana nos pés, ocasionadas pelo pé diabético.
Veja também – Conheça os principais problemas vasculares e seus sintomas
Pé diabético: prevenção e tratamento
Veja também: Doenças vasculares periféricas: tipos, causas, sintomas e tratamentos
Veja também: Telangiectasias: O que são, Causas, Sintomas e Tratamento
Agora que você já sabe o que é e quais são os principais sintomas do pé diabético, confira uma lista das principais formas de prevenção, lembrando que a maioria delas tem como foco evitar o aparecimento de feridas, que podem não cicatrizar e evoluir para quadros mais graves:
- Lavar e manter os pés secos.
- Utilizar talcos específicos no pé.
- Utilizar meias especiais para evitar infecções.
- Usar sapatos confortáveis, sem costura interna.
- Usar meias com costura para fora.
- Olhar se não há nada dentro dos sapatos, que possa machucar os pés.
- Não colocar o pé primeiro – mas sim outra parte do corpo – em água que possa estar quente, já que o pé não vai ter a percepção do calor.
- Evitar ao máximo andar descalço.
- Evitar o uso de chinelo de dedo.
- Tomar cuidado ao cortar as unhas.
- Não usar produtos químicos para cuidar de calos.
- Não fumar.
- Examinar os pés diariamente.
Veja também – Dor nas pernas: o que pode ser? São (sempre) sintomas de varizes?
Como dito acima, o pé diabético é uma condição potencialmente perigosa, que pode levar a complicações graves. Por isso, é fundamental manter acompanhamento próximo com um especialista.
Nesse sentido, o Instituto de Angiologia e Cirurgia Vascular (IACV) é sua melhor opção. Contamos com um time de profissionais experientes e atenciosos, prontos para te dar o atendimento que você espera e merece.
Se você está no Distrito Federal ou Entorno, clique no link abaixo para agendar sua avaliação e vir cuidar da sua saúde vascular conosco!