Angiopatia diabética: o que é e quais os seus riscos?

Estima-se que quase 500 milhões de pessoas vivam com diabetes em todo o mundo, dentre as quais quase metade não sabe que tem o problema.

Angiopatia diabética é uma complicação vascular potencialmente grave associada a essa condição, desenvolvida por boa parte dos pacientes com diabetes, o que torna essa condição um problema de saúde global.

Essa condição danifica os vasos sanguíneos pelo excesso de glicose no sangue e gera uma série de riscos para a saúde.

Veja a seguir, com mais detalhes, o que é a angiopatia diabética, quais os seus riscos e como se proteger. Boa leitura!

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Diabetes e problemas vasculares: qual a relação?

O diabetes é uma condição crônica (sem cura), caracterizada por níveis elevados de glicose no sangue, devido à falta ou resistência à insulina, hormônio responsável por regular o açúcar no sangue. 

Essa elevação constante da glicose pode causar danos aos vasos sanguíneos ao longo do tempo, resultando em problemas vasculares.

Altos níveis de glicose danificam a camada que reveste o interior dos vasos sanguíneos, facilitando a ocorrência de inflamações e formação de placas de gordura. Essas placas podem obstruir o fluxo sanguíneo e reduzir a circulação para órgãos e tecidos, o que pode levar a diversas complicações.

As complicações vasculares mais comuns associadas ao diabetes incluem:

✅ Retinopatia diabética (que afeta a visão).

✅ Nefropatia diabética (que afeta os rins).

✅ Neuropatia diabética (que afeta os nervos).

✅ Angiopatia diabética (que afeta os vasos sanguíneos em geral).

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Portanto, o controle adequado dos níveis de glicose no sangue é essencial para prevenir ou minimizar os problemas vasculares decorrentes do diabetes. 

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>>> Veja também: 20 termos sobre saúde vascular que você precisa conhecer

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O que é angiopatia diabética e quais os seus riscos?

A angiopatia é um termo genérico, utilizado para designar as doenças do sistema vascular. Logo, a angiopatia diabética é o nome dado a doenças ocasionadas pelo diabetes, que acometem o aparelho circulatório, especialmente os pequenos vasos, que irrigam órgãos como olhos, rins e extremidades (como os pés).

Veja também: Tratamento para varizes

A angiopatia diabética pode resultar em complicações sérias, como as seguintes:

1. Microangiopatia diabética

As complicações decorrentes do diabetes, classificadas como microangiopatias, são aquelas que danificam os pequenos vasos, sobretudo os capilares. Entre as principais doenças que derivam desse problemas pode citar:

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👉 Nefropatia

Fazem parte da composição de nossos rins vários vasos de tamanho pequeno, cuja função é transportar sangue com impurezas, que serão eliminadas através da urina. Quando os vasos no rins são impactados pelo diabetes, esse processo de filtragem acaba sendo prejudicado, gerando uma nefropatia.

Uma das possíveis complicações causadas pela nefropatia é a falência total das funções dos rins. A patologia é identificada através de exame de sangue específico, que indica a perda de proteínas na urina.

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👉 Retinopatia

Assim como os rins, nossa retina também é repleta de pequenos vasos que, uma vez prejudicados, podem levar a graves complicações, inclusive à cegueira.Uma angiopatia diabética que causa retinopatia e pode levar à cegueira tem mais chances de ocorrer em portadores da diabetes tipo 2, que devem buscar tratamento desde o diagnóstico, impedindo a progressão da deterioração dos vasos da retina.

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>>> Veja também: Quais alimentos fazem bem para a circulação?

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2. Macroangiopatia diabética

Enquanto a microangiopatia diabética se dá através da diminuição das funções dos pequenos vasos, a macroangiopatia acontece na parede das grandes artérias, como a coronária, as cerebrais e as dos membros inferiores.

Os casos mais comuns de macroangiopatia diabética decorrem de uma aterosclerose, condição em que acontece um acúmulo progressivo de placas de gordura na parede das artérias. Confira quais são os seus principais tipos:

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👉 Aterosclerose cerebral

Nesse caso, as artérias cerebrais são comprometidas devido à angiopatia diabética e, por conta do acúmulo de placas, pode culminar em um AVC. Alguns sintomas desse tipo de aterosclerose podem ser a falta de memória e a dificuldade em conduzir raciocínios.

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👉 Aterosclerose de coronárias

Já a aterosclerose das coronárias acontece quando a angiopatia diabética impacta o funcionamento das artérias do coração através do comprometimento da passagem do sangue, que quando acontece de forma total, leva a um ataque cardíaco (infarto do miocárdio).

Por conta da fragilização dos vasos, incluídos as artérias coronárias, portadores de diabetes têm o risco de infarto aumentado em até 4 vezes.

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👉 Aterosclerose dos membros inferiores

Por fim, temos a aterosclerose dos membros inferiores. Conforme a parede das artérias vai sendo comprometida pela passagem do sangue com altos níveis de glicose, os membros inferiores passam a ser menos irrigados, gerando um quadro de isquemia, que é capaz de produzir lesões ou úlceras isquêmicas. Quando elas ocorrem no pé é chamada de pé diabético.

Porém, a diabetes tanto contribui para a manutenção das úlceras quanto dificulta que elas se fechem por influenciar na cicatrização, levando a complicações graves que podem chegar até a amputação de parte dos membros inferiores, como dedos ou mesmo todo o pé. 

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Veja também: Dor nas panturrilhas: possíveis causas e o que fazer?

Como prevenir esse problema?

A melhor forma de prevenir a angiopatia diabética é controlando a diabetes desde o momento que ela surge. Como essa doença é “silenciosa”, ou seja, não dá sinais muito claros, muitas pessoas não dão a devida importância ao diabetes até que estejam em um quadro avançado. Muitos pacientes afirmam “não estou sentindo nada, pra que tratar” ou “não sinto nada, não farei dieta”. Mas, é fundamental que os pacientes saibam que esse é o melhor momento para prevenir e ter um envelhecimento muito mais saudável.

É importante lembrar que o tabagismo associado ao diabetes acelera muito a progressão da ateromatose, devendo para o cigarro o mais precoce possível.

E a atividade física regular é fundamental na prevenção. Ajuda tanto no controle da diabetes, quanto na redução das lesões vasculares ocasionadas pela doença. 

Nesse sentido, manter o acompanhamento regular da glicemia, além do acompanhamento com endocrinologista e nutricionista, são medidas fundamentais.

Veja também: Telangiectasias: O que são, Causas, Sintomas e Tratamento

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E quando o problema já está instalado?

Não existe segredo. As orientações citadas na prevenção também valem aqui. Alguns pacientes falam “dr. já está ruim mesmo, nem vou me preocupar. Quero continuar comendo o que gosto!”. Mas, a angiopatia diabética vai piorar se não houver controle. É fundamental o controle do diabetes, para se evitar a progressão dos danos.

Em casos mais avançados, pode ser necessário procedimentos cirúrgicos como revascularização ou cateterismos para que melhore o fluxo sanguíneo para a região afetada. 

Além disso, manter acompanhamento regular com angiologista/cirurgião vascular quanto à saúde dos vasos é outra medida fundamental. Esse(a) especialista é responsável por investigar, diagnosticar e tratar os problemas que acometem o sistema vascular.

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Nesse sentido, conte com o Instituto de Angiologia e Cirurgia Vascular (IACV). Somos referência em cuidados vasculares e contamos com um time de profissionais experientes e atenciosos para oferecer o tratamento que você espera e merece.

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Varizes nos pés: podem ser perigosos?

Aspecto comum em muita gente, mas que a maioria não se preocupa, as varizes nos pés podem ser um indício de que algo não vai bem com sua saúde vascular. 

Localizados tanto nos pés quanto na região dos tornozelos, têm evolução lenta e, por isso mesmo, não costumam chamar a atenção.

Mas será que é apenas uma questão estética ou pode ser sinal de algo mais sério? 

Se você também tem vasinhos nos pés e quer entender mais sobre o assunto, confira as informações a seguir.

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Vasinhos nos pés: o que são e por que eles surgem?

As varizes são ocasionadas pela doença venosa crônica, condição em que as válvulas das veias perdem capacidade de direcionar o sangue de volta ao coração. Com isso, o sangue fica acumulado em seu interior, sobrecarregando a circulação venosa e fazendo com que as veias se dilatem e fiquem tortuosas, levando aos problemas típicos das varizes: dor, inchaço, sensação de peso nas pernas, câimbras, queimação, entre outros.

Os vasinhos (telangiectasias) nos pés também podem ser uma forma de doença venosa crônica, considerada como uma fase inicial do problema quando apresenta mínimas telangiectasias ou até uma fase avançada, quando já há uma grande quantidade de vasinhos associado a varizes, o que é chamado de coroa flebectásica.

Caso haja algum comprometimento em alguma veia das pernas – inclusive da veia safena – o sangue tende a permanecer mais tempo acumulado na região e a aumentar a pressão sobre essas veias. Essa pressão é retransmitida a vasos menores (como os dos pés), gerando esse aspecto dos vasinhos.

Inclusive, é comum que, ao final do dia, a região desses vasinhos dos pés esteja mais escurecida devido a essa má circulação do sangue na área.

Veja também: Tratamento para varizes!

Pé com vasinhos

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Os principais fatores de risco para problemas vasculares são:

Herança genética: algumas pessoas têm uma fragilidade maior das veias, o que faz com que elas se dilatem.

Obesidade: nessa condição a pressão sobre os vasos aumenta, dificultando a circulação do sangue.

Gravidez: durante a gestação, o aumento do útero comprime as veias que realizam o retorno do sangue ao coração, sobrecarregando as veias das pernas.

Envelhecimento: as paredes das veias começam a se enfraquecer com o passar do tempo.

Ficar muito tempo em pé ou sentado: ficar longos períodos em pé ou sentado também podem contribuir para o surgimento de varizes, sobretudo os vasinhos nos pés.

.Veja também: Dor nas panturrilhas: possíveis causas e o que fazer?

Vasinhos nos pés podem ser perigosos?

É comum as pessoas olharem para os vasinhos nos pés apenas como problemas estéticos. Apesar de sabermos que questões estéticas são importantes e merecem cuidados, os riscos dos vasinhos nos pés vão além disso.

Como vimos acima, o problema da coroa flebectásica é a consequência de algum comprometimento em outras veias mais profundas das pernas e pode estar servindo de alerta para isso.

Uma das características dos problemas venosos é serem silenciosos e não darem muitos sinais até que estejam graves. Por isso a importância de termos atenção a qualquer mínimo sinal de alteração, como os vasinhos no pés e tornozelos.

Veja também: Telangiectasias: O que são, Causas, Sintomas e Tratamento

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Como tratar?

Agora que você já sabe o que são os vasinhos nos pés, como os identificar e se eles representam algum risco, vamos falar sobre as formas de tratamento ideias para essa condição.

Lembre-se de que a busca por um médico especializado para iniciar o tratamento também é indicada para os vasinhos nos pés, que apesar de parecerem simples, não devem ser negligenciados.

Como os vasinhos acabam sendo vistos como algo sem importância ou meramente estético, não é raro algumas pessoas optarem por tratamentos caseiros, com uso de produtos – como cremes e loções – que teriam a função de eliminá-los.

Por isso, vale lembrar que não é possível tratar problemas vasculares só com remédio, sejam eles medicamentos tópicos ou orais. Esses medicamentos podem ser prescritos por um médico apenas para reduzir os incômodos provocados pela patologia, mas nunca para resolver o problema vascular, que precisam de outras abordagens.

Conheça os tratamentos que realmente funcionam para tratar vasinhos abaixo:

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Escleroterapia

Procedimento minimamente invasivo, que consiste na injeção de uma substância esclerosante no interior da veia, fazendo com que suas paredes se fechem, e as varizes sequem.

Pode ser feita da maneira tradicional, com uso de substâncias esclerosantes, como glicose, ou com uso de espuma, utilizando uma mistura de ar e polidocanol, que são agitados até se transformar em espuma. Saiba mais sobre a escleroterapia clicando aqui.

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Laser transdérmico

Procedimento nada invasivo, é feito por meio da aplicação de um laser especial sobre a região dos vasinhos, o que gera calor e elimina o problema.

Método sem cortes ou pontos, pode ser feito em clínica, sem necessidade de anestesia. Além de evitar sangramentos, não deixar cicatrizes e permitir a retomada rápida das atividades.

Você pode conhecer em detalhes os melhores tratamentos para os vasinhos nos pés, clicando aqui.

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Os vasinhos nos pés podem causar, em um primeiro momento, mais incômodos estéticos, porém, não devem ser negligenciados. O tratamento adequado garantirá que eles não evoluam para outras formas mais graves de varizes, além de permitir a identificação de problemas vasculares em outras veias.

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Cirurgia Para Varizes: Como Funciona e Vantagens

A cirurgia para varizes é uma forma de se tratar o problema – procedimento pelo qual se faz a remoção da veia varicosa.

Apesar de ainda ser indicada em alguns casos, essa opção tem sido cada vez menos usada, diante de alternativas mais modernas, que trazem ótimos resultados, com menos riscos e maior conforto aos pacientes.

Se você ainda achava que cirurgia era sempre a indicação para tratar varizes, vai descobrir a seguir por que cirurgia para varizes é raramente a melhor escolha hoje em dia!

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Cirurgia de varizes: o que é e como funciona

Veja também: Tratamento para varizes!

A cirurgia para tratar varizes – conhecida como flebectomia – é a opção mais invasiva para se tratar esse tipo de problema. 

É realizada sob anestesia local ou raquianestesia e pode ser feita por meio de microincisões realizadas no trajeto das varizes. O objetivo dela é remover completamente as veias afetadas e redirecionar o fluxo sanguíneo apenas para as veias saudáveis e, assim, resolver a sobrecarga no sistema circulatório.

Confira abaixo um exemplo do procedimento:

A cirurgia é melhor indicada para pessoas com varizes muito calibrosas, que não respondem bem aos tratamentos menos invasivos, como escleroterapia ou tratamentos a laser.

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>>> Veja também – É possível tratar varizes só com remédios?

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Cirurgia para varizes: por que raramente é a melhor escolha?

Apesar de ainda ter indicação para os casos mais complexos, a cirurgia de varizes é um procedimento considerado ultrapassado, quando comparado a outros tipos de tratamento mais modernos.

Acima você viu que o procedimento pode ser indicado para algumas situações, mas por que cirurgia para varizes raramente é a melhor escolha hoje em dia?

Confira algumas das razões:

  • Envolve um pré e pós-operatório mais restritivo do que os procedimentos feitos com as técnicas modernas, podendo chegar a semanas de afastamento das atividades no trabalho e exercícios físicos.
  • Necessidade de internação em ambiente hospitalar.
  • Maiores riscos de hematomas, lesão de vasos linfáticos, infecções e lesões de nervo da perna, que podem levar a dores persistentes, formigamentos e pontadas.
  • Maiores chances de retorno de varizes no local, principalmente quando a cirurgia envolve varizes grossas.

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>>> Veja também – Soluções que NÃO funcionam para tratar varizes

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Vantagens dos novos tratamentos para varizes

Confira agora as vantagens de procedimentos mais modernos para tratar as varizes – como escleroterapia e técnicas a laser – que podem substituir as cirurgias com grandes vantagens, na maioria dos casos.

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1. Não exige grandes afastamentos das atividades diárias

As técnicas modernas não são cirúrgicas, ou seja, eliminam a necessidade de realização de procedimentos que exigem maior preparação do paciente, seja antes ou depois, e podem ser feitos inclusive sem o uso de anestesia; somente anestésico local para evitar incômodos.

Inclusive, os tratamentos a laser e a escleroterapia são realizados no próprio consultório médico, facilitando todo o processo sem perdas na segurança.

Além disso, por serem minimamente (ou nada) invasivas, as modernas técnicas de tratamento das varizes não geram lesões ou danos aos tecidos que exijam maiores cuidados ou tempo de cicatrização, que é o que costuma aumentar o tempo de repouso e afastamento das opções cirúrgicas.

.Veja também: Dor nas panturrilhas: possíveis causas e o que fazer?

2. São técnicas minimamente invasivas

Ligado ao tópico acima, os tratamentos mais atuais para varizes são feitos por meio de técnicas e materiais que buscam tornar o procedimento mais confortável ao(à) paciente, com menos dor e agressividade.

No caso das técnicas a laser, por exemplo, pode ser optado inclusive pela aplicação sobre a pele, sem cortes, perfurações ou sangramentos; após o que o(a) paciente pode retomar imediatamente suas atividades.

Veja também: Telangiectasias: O que são, Causas, Sintomas e Tratamento

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3. Custo reduzido

Por não exigirem toda a estrutura necessária para os procedimentos cirúrgicos, as técnicas modernas para tratar varizes também podem gerar uma importante redução nos custos, por motivos como:

  • Não precisarem ser feitos em hospital;
  • Dispensarem internação;
  • Não demandarem a presença de anestesista;
  • Exigirem menos recursos e estrutura.

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4. Podem ser mais eficazes

Como os tratamentos modernos permitem a associação de diferentes técnicas para diferentes tipos de varizes, os resultados podem ser inclusive mais eficazes e com resultados mais duradouros que nas opções cirúrgicas.

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>>> Veja também – Vale a pena ir a outra cidade só para tratar as varizes?

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5. Os procedimentos seguem em constante evolução

Ao contrário do que ocorre com o procedimento cirúrgico, que consiste basicamente da mesma técnica há muitos anos, os demais procedimentos têm tido evolução ao longo dos anos, com o surgimento de novos equipamentos que permitam ainda mais benefícios aos(às) pacientes.

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6. Substituição da cirurgia na maioria dos casos

Mesmo nos casos em que, até há algum tempo, a cirurgia de varizes era a única opção – como nos casos de varizes mais grossas e comprometidas – as técnicas mais atuais têm trazido ótimos resultados, com menos riscos e desconfortos.

A escleroterapia com espuma densa ou mesmo o laser endovenoso, por exemplo, podem hoje ser usados para tratar inclusive as veias safenas; coisa que antes só era feita por meio de procedimentos cirúrgicos.

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7. Possibilidade de evitar o uso de agulhas

Para aquelas pessoas que têm receio mesmo do uso de discretas agulhas, existe hoje a possibilidade de se tratar as varizes sem qualquer perfuração na pele, sangramento ou pontos.

É o caso do laser transdérmico. Guardadas as devidas diferenças, o procedimento se assemelha à aplicação dos lasers para remoção de pelos, só que sempre realizado por médico especialista em varizes. Ou seja, um procedimento nada invasivo.

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Como vimos, com as opções disponíveis hoje, a cirurgia para varizes raramente é a melhor escolha. Porém, vale citar que essa continua sendo uma alternativa para alguns pacientes; especialmente aqueles em que as técnicas menos invasivas não foram suficientes.

O ideal é se consultar com um angiologista/cirurgião vascular para uma avaliação específica do seu caso e indicação da melhor opção para você.

Nesse sentido, considere o Instituto de Angiologia e Cirurgia Vascular como sua melhor opção. Somos referência em cuidados vasculares e contamos com uma estrutura moderna e profissionais experientes, atenciosos e sempre atualizados quanto às técnicas mais atuais.

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Anticoncepcionais e trombose: existe relação?

Não é raro ouvir pessoas associarem quadros de trombose e embolia pulmonar ao uso de anticoncepcionais. Mas, será que existe mesmo essa relação?

Essa dúvida traz insegurança para muitas mulheres quanto ao uso ou não desse tipo de método anticoncepcional, pelo receio de desenvolver esse quadro vascular.

Hoje vamos responder essas e outras dúvidas relacionadas ao uso de anticoncepcionais e o desenvolvimento de trombose.

Boa leitura!

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Afinal, o que é trombose?

A trombose é uma condição de saúde que ocorre quando um coágulo – conhecido como trombo – se forma dentro de um vaso sanguíneo normal e dificulta ou interrompe o fluxo normal do sangue

Geralmente a trombose ocorre nas veias (trombose venosa), embora também possa ocorrer nas artérias (trombose arterial). A trombose, com implicações clínicas,  mais comum é a trombose venosa profunda (TVP), que ocorre quando um coágulo se forma nas veias profundas das pernas, coxas ou pelve.

Os coágulos sanguíneos são formados como uma resposta do organismo para prevenir a perda excessiva de sangue em caso de lesões ou ferimentos. No entanto, em certas situações, ocorre a formação indevida de coágulos, ou seja, em veias normais e que pode ser perigosa. 

Os principais fatores de risco para a formação de coágulos sanguíneos incluem:

  • longos períodos de imobilidade (como em internações ou longas viagens);
  • cirurgias;
  • gravidez;
  • obesidade;
  • histórico familiar de trombose, entre outros.

Veja também: Doenças vasculares periféricas: tipos, causas, sintomas e tratamentos

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Anticoncepcional e trombose: qual a relação?

Anticoncepcionais e trombose podem estar, sim, relacionados; mais especificamente quando falamos de contraceptivos orais em sua forma combinada, ou seja, nos medicamentos em que os hormônios progesterona e estrogênio estão presentes.

Segundo a Anvisa, mulheres que utilizam anticoncepcionais orais combinados têm cerca de 3 vezes mais chances de desenvolver tromboembolismo venoso, principalmente de membros inferiores, comparado com mulheres que não utilizam. 

Porém, a Anvisa ressalta que os riscos em utilizar anticoncepcionais orais e desenvolver trombose ainda assim são muito pequenos. Só para se ter uma idéia, as chances de mulheres desenvolverem trombose na gravidez são o dobro daquelas que usam anticoncepcionais orais combinados.

Veja também: Tratamento para varizes

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Principais dúvidas sobre anticoncepcionais e trombose

Agora que você já sabe qual é a relação entre anticoncepcionais e trombose, confira as respostas para as principais dúvidas das mulheres sobre o desenvolvimento da patologia a partir do uso de métodos contraceptivos orais.

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1. O risco de desenvolver trombose varia conforme o tipo de anticoncepcional?

Como foi apontado acima, os anticoncepcionais que têm risco aumentado para o  desenvolvimento de trombose são os orais combinados, ou seja, aqueles que  apresentam em sua composição a junção dos hormônios progesterona e estrogênio.

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2. O risco de trombose se mantém enquanto utilizo o anticoncepcional oral combinado?

Não. O risco é maior durante os três primeiros meses de uso, diminuindo a partir do quarto mês e após 1 ano, o risco se torna semelhante ao de uma mulher que não utiliza a medicação. 

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3. Quais os fatores de riscos adicionais associados ao uso de anticoncepcional orais combinados para desenvolver trombose?

1. Tabagismo;

2. Hipertensão arterial;

3. Idade superior a 35 anos;

4. Obesidade (IMC superior a 30 kg/m²);

5. Presença de trombofilias hereditárias e adquiridas (como, fator V de Leiden e Síndrome do anticorpo antifosfolipídeo – SAF).

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3. Quem já teve trombose pode tomar anticoncepcional?

Depende. Essa decisão vai depender de cada caso, conforme avaliação do médico. 

Dito isso, não há uma proibição absoluta ao uso de anticoncepcionais. O que se tem é a recomendação de se tomar mais cuidado pelo profissional que fizer a prescrição, avaliando os riscos e benefícios, além de alternativas que não aumentem o risco de trombose e manter um acompanhamento regular com angiologista/cirurgião vascular nesses casos.

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4. É preciso interromper o uso de anticoncepcional quando está tratando uma trombose?

Se o uso do anticoncepcional não for realmente necessário durante o período do tratamento, a melhor opção é interromper o uso.

Porém, caso a medicação não possa ser pausada, seu uso associado ao medicamento anticoagulante pode ser mantido.

Mas, novamente, cada caso deve ser avaliado de maneira independente.

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5. Anticoncepcionais aumentam o risco de trombose durante cirurgia?

Como vimos acima, cirurgias – especialmente as que exigem longos períodos de imobilidade – podem afetar a coagulação sanguínea. Os anticoncepcionais hormonais podem contribuir para o aumento desse risco.

Sendo assim, é importante informar a equipe médica sobre o uso de anticoncepcionais hormonais antes de qualquer procedimento cirúrgico. Isso permitirá que eles avaliem o risco individual e tomem medidas preventivas, como o uso de medicamentos anticoagulantes. Apesar de não ser necessária a suspensão do anticoncepcional, algumas equipes médicas optam por isso.

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>>> Veja também – Por que o risco de trombose é maior em viagens?

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6. É preciso fazer exame de sangue antes de iniciar anticoncepcionais orais?

Não. Não é necessário fazer qualquer exame de sangue ou exame de imagem, como ecoDoppler. O que é fundamental é uma consulta médica detalhada buscando, principalmente, os fatores de riscos para trombose. 

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7. Quais métodos contraceptivos não envolvem o risco de trombose?

Todos os medicamentos contraceptivos sem hormônios combinados, além do DIU (de cobre ou hormonal), implantes subdérmicos e, claro, os preservativos.

Veja também: Telangiectasias: O que são, Causas, Sintomas e Tratamento

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Se você possui mais dúvidas sobre a relação entre anticoncepcionais e trombose, o ideal é conversar com um angiologista/cirurgião vascular.

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