O linfedema nas pernas é definido como um edema (inchaço) crônico devido à deficiência da drenagem no sistema linfático com o acúmulo anormal de fluido rico em proteína abaixo da pele.
Quais os tipos de linfedema?
Nos linfedemas primários há alteração congênita do desenvolvimento de vasos linfáticos e linfonodos ou obstrução de linfáticos de etiologia desconhecida (idiopáticos).
Primário congênito
Surge antes do 2°ano de vida, podendo ser um linfedema congênito simples ou estar associado a síndromes e malformações, como a doença de Milroy;
Primário precoce
É a forma mais comum, aparecendo entre 2 e 35 anos, principalmente em mulheres, raramente associado a disfunções de outros órgãos;
Primário tardio
Ocorrem após os 35 anos, principalmente em mulheres, sendo a forma mais benigna.
Nos linfedemas secundários, a disfunção anatômica ocorre em tecido linfático previamente normal, podendo ser causados por uma infinidade de doenças, como: neoplasias, infecciosa, como por bactérias que causam a erisipela; protozoário como o causador da filariose; fungos e vírus;
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Sintomas do linfedema nas pernas
Observa-se o aumento do volume do membro, sendo geralmente indolor. No estágio inicial, o repouso noturno é suficiente para o retorno ao normal. Nos estágios seguintes, o repouso noturno já não é suficiente e posteriormente não há mais reversão, podendo haver incapacidade funcional e deformação do membro.
Em geral, são sintomas discretos e pouco comuns:
- aumento de peso
- cansaço
- mal-estar
- câimbras.
Como acontece o linfedema nas pernas?
O linfedema se desenvolve a partir de um desequilíbrio entre a demanda linfática e a capacidade do sistema em drenar a linfa. O sistema linfático perde sua capacidade de escoamento por destruição ou obstrução da via linfática em algum ponto de seu trajeto, ocasionando estagnação da linfa no vaso, e posterior extravasamento de líquido ao interstício (tecidos adjacentes ao sistema linfático).
E a cronicidade do linfedema, com processo inflamatório continuo, gera fibrose local, responsável pela irreversibilidade do quadro.
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Como é Feito o Diagnóstico de Linfedema nas pernas?
É principalmente clínico, devendo-se excluir as principais causas de edema de membros inferiores, como causas cardíacas, renais e venosas. Naqueles em que há dúvida diagnóstica e em que se quer avaliar o prognóstico, o exame diagnóstico de escolha é a linfocintilografia. Esse exame é extremamente específico na diferenciação entre edema de origem linfática e de outras causas de edema periférico.
Como tratar linfedema nas pernas?
Baseia-se, principalmente, na Terapia Física Complexa (TFC):
- Drenagem linfática manual
- Cuidados com a pele
- Uso de compressão, seja por faixas ou meias elásticas;
- Exercícios miolinfocinéticos;
E associado:
- Praticar atividade física;
- Manter o peso próximo ao ideal;
- Elevar o membro afetado por alguns períodos ao longo do dia;
- Uso de medicações prescritas pelo médico.