Apesar do bom prognóstico, a trombose venosa profunda precisa de internação em alguns casos. Segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), mais de 425 mil brasileiros foram internados para tratar a doença entre janeiro de 2012 e maio de 2022.
Em média, 113 pessoas são internadas diariamente na rede pública para tratar a Trombose Venosa Profunda (TVP).
A trombose venosa ocorre quando se formam coágulos de sangue dentro das veias, principalmente nos membros inferiores, bloqueando o fluxo natural do sistema cardiovascular.
Essa condição pode causar manchas arroxeadas e avermelhadas, desconforto, dor e inchaço nas áreas afetadas.
Nesse sentido, a internação permite um acompanhamento médico rigoroso para prevenir o avanço da trombose e tratar qualquer complicação que possa surgir.
Neste conteúdo, você entenderá quando a internação é necessária. Confira!
A trombose venosa, sobretudo a trombose venosa profunda (TVP), pode exigir internação hospitalar em situações mais graves.
A necessidade é avaliada pela equipe médica de acordo com a gravidade da condição, da localização do coágulo e da presença de complicações.
Quando um coágulo de sangue na perna ou na coxa ameaça se deslocar para os pulmões, causando uma embolia pulmonar, a internação é necessária para monitorar o paciente e administrar tratamento urgente, como anticoagulantes ou trombolíticos.
Quando a embolia nos pulmões ocorre em pacientes com comorbidades que aumentam o risco de sangramento, como doenças renais ou hepáticas, o manejo da condição precisa ser mais cuidadoso. Por isso, precisa de internação.
Em casos onde o coágulo é grande ou se estende por uma área maior, a internação permite um controle mais rigoroso e a administração de tratamentos intensivos para dissolver o coágulo e prevenir novas formações.
Outro fator que faz com que a trombose venosa precise de internação é o avanço da idade. Pacientes mais velhos apresentam um maior risco de complicações devido a vários fatores, como a presença de comorbidades, menor mobilidade e a fragilidade geral do sistema cardiovascular.
Se o tratamento ambulatorial com anticoagulantes não é eficaz ou se o paciente apresenta complicações, como sangramentos, a internação pode ser necessária para ajustes.
Há também os casos nos quais o diagnóstico correto não foi feito e, por isso, o paciente não recebeu o tratamento inicial adequado antes do agravamento do quadro.
Complicações como a síndrome pós-trombótica, que causa dor crônica e inchaço nas pernas, ou úlceras de pele devido à má circulação, podem necessitar de cuidados hospitalares.
Pacientes com condições médicas complexas, como câncer, doenças cardíacas ou renais, podem precisar de internação para manejar a trombose de maneira mais segura e integrada.
Veja também: Trombose na perna: sintomas, causas e tratamentos
O tratamento geralmente requer um período mínimo de três meses. No entanto, a duração pode ser prolongada dependendo do risco tromboembólico do paciente.
A seguir, conheça as opções de tratamento disponíveis:
Medicamentos anticoagulantes: Os anticoagulantes, também conhecidos como “diluidores do sangue”, são a primeira linha de tratamento para trombose. Eles impedem a formação de coágulos no sangue.
Fibrinolíticos: São medicamentos que impedem a formação e destroem trombos e êmbolos já existentes. São usados em casos graves de trombose venosa ou embolia pulmonar.
Filtro de Veia Cava: Para pacientes que não podem tomar anticoagulantes, pode ser inserido este dispositivo que impede que coágulos se desloquem das pernas para os pulmões.
Meias de compressão: As meias de compressão ajudam a prevenir o inchaço e a aliviar a dor nas pernas afetadas pela trombose. Contudo, devem ser prescritas pelo médico.
Além dos tratamentos médicos, mudanças no estilo de vida podem ajudar a prevenir novos quadros de trombose no futuro e melhorar a recuperação:
Quando o paciente com trombose venosa precisa de internação, o acompanhamento contínuo pode garantir a eficácia do tratamento e prevenir complicações. O monitoramento inclui:
A prevenção da trombose venosa profunda envolve a adoção de hábitos saudáveis e a minimização dos riscos. O sedentarismo é um fator importante, sobretudo para pessoas que passam muito tempo sentadas.
A falta de movimento impede que os músculos da panturrilha, essenciais para bombear o sangue das pernas de volta ao coração, funcionem corretamente.
Se você trabalha sentado ou precisa passar horas na mesma posição, levante-se a cada hora e ande por cinco minutos. Movimentar as pernas e se espreguiçar ajudam a manter a circulação sanguínea ativa.
Além disso, mantenha um copo de água ao alcance, mas longe o suficiente para que você precise se levantar para pegá-lo, incentivando a movimentação regular.
Outras dicas importantes:
Gerencie o peso: A obesidade é um fator de risco significativo. Por isso, manter um peso saudável através de dieta equilibrada e exercícios regulares é importante.
Evite o tabagismo: Fumar aumenta o risco de coagulação sanguínea. Parar de fumar é essencial para a saúde vascular.
Atenção ao histórico familiar: Se você tem histórico familiar de trombose, informe seu médico para que ele possa tomar medidas preventivas.
Após o tratamento, é fundamental buscar atendimento e acompanhamento com um angiologista para assegurar que a recuperação seja monitorada adequadamente e que quaisquer complicações potenciais sejam identificadas e tratadas.
O angiologista pode ajustar o tratamento conforme necessário, recomendar medidas preventivas e fornecer orientação sobre como manter a saúde vascular a longo prazo.
Se você precisa de uma consulta em Brasília ou no Entorno, conte com o Instituto de Angiologia e Cirurgia Vascular (IACV).
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