5 de maio de 2025
Autor: Dr Jaison Luiz Argenta
Você já reparou em pequenas veias visíveis nas pernas e ficou em dúvida se eram microvarizes ou vasinhos?
Essa é uma dúvida comum, já que ambas as alterações têm aparência semelhante e, muitas vezes, surgem nas mesmas regiões. Apesar disso, cada uma tem suas particularidades e pode exigir cuidados diferentes.
Neste conteúdo, vamos explicar de forma clara como identificar quais são suas causas, quando eles representam apenas um incômodo estético e em que situações merecem avaliação médica. Também trazemos orientações sobre tratamentos disponíveis e formas de prevenção.
Muita gente percebe pequenas veias marcadas na pele das pernas e logo se pergunta se aquilo é sinal de varizes.
Na maioria dos casos, trata-se de microvarizes ou vasinhos — alterações vasculares comuns, especialmente entre mulheres, que afetam a aparência da pele e podem indicar uma fragilidade na circulação
As microvarizes são pequenos vasos dilatados, tortuosos, localizados logo abaixo da pele, com coloração azulada ou esverdeada. Têm de 2 a 5 mm de diâmetro, ou seja, são mais grossas que os vasinhos, mas menores que as varizes tradicionais.
São mais frequentes na parte de trás dos joelhos, nas laterais das coxas e pernas, podendo surgir também na parte interna da coxa ou na frente do osso da perna. Em geral, não causam dor, mas incomodam pela aparência.
Já os vasinhos, também chamados de telangiectasias, são ainda mais finos — entre 0,1 e 1 mm de diâmetro — e ficam visíveis na superfície da pele como linhas vermelhas ou arroxeadas, parecidas com teias de aranha ou pequenos cachos de uva. Podem surgir isoladamente ou em conjunto, e costumam aparecer nas pernas e tornozelos.
A causa mais comum dessas alterações é a hereditariedade, ou seja, a tendência familiar. Pessoas com histórico de varizes na família têm mais chance de desenvolver tanto microvarizes quanto vasinhos.
Embora sejam condições consideradas leves, tanto microvarizes quanto vasinhos merecem atenção.
Eles podem ser os primeiros sinais de que a circulação não está funcionando como deveria e, com o tempo, podem evoluir para quadros mais graves se não forem acompanhados por um especialista.
Enquanto as microvarizes podem indicar algum grau de comprometimento da circulação venosa, os vasinhos, na maioria dos casos, não representam risco à saúde e aparecem apenas por questões estéticas. Mesmo assim, a avaliação médica é importante para descartar outras alterações associadas.
Principais características dos vasinhos benignos (estéticos):
Quando se confirmam como alterações apenas estéticas, os vasinhos podem ser tratados com procedimentos como escleroterapia com glicose, laser vascular ou espuma, sempre com acompanhamento de um especialista em cirurgia vascular.
Alguns sintomas podem parecer comuns no dia a dia, mas quando persistem ou se intensificam, indicam que a circulação pode estar comprometida. Nesses casos, é importante buscar avaliação com um cirurgião vascular para identificar a causa e iniciar o tratamento adequado.
Dor nas pernas após longos períodos em pé ou sentado, pode sinalizar dificuldade no retorno venoso. Quando a dor se torna frequente ou localizada em áreas com veias visíveis, é um sinal de que algo precisa ser investigado.
Inchaço nos tornozelos ou nas pernas ao final do dia não deve ser ignorado. Se o inchaço for recorrente, em apenas um dos membros ou vier acompanhado de calor e vermelhidão, pode indicar trombose venosa ou outro problema vascular mais grave.
Se você tem a sensação de peso ou cansaço nas pernas, mesmo após pequenas atividades, é outro sinal de alerta. Esse desconforto pode estar ligado à insuficiência venosa, condição que precisa de acompanhamento e controle para evitar complicações.
Ao perceber qualquer um desses sintomas, o ideal é não esperar agravar. Um cirurgião vascular poderá fazer uma avaliação completa e indicar o melhor caminho para preservar a saúde circulatória.
O tratamento de microvarizes e vasinhos (telangiectasias) varia conforme o grau de comprometimento estético e funcional.
Em geral, quando essas alterações estão restritas à superfície da pele e não estão associadas a problemas nas veias mais profundas, os procedimentos são simples, realizados em consultório e com boa recuperação.
Uma das opções mais utilizadas é a escleroterapia, que pode ser feita com glicose hipertônica ou outras substâncias esclerosantes. Esse método consiste na aplicação do líquido diretamente no vaso, provocando uma inflamação controlada que leva ao seu fechamento.
Outra técnica é a escleroterapia com espuma, indicada para microvarizes mais calibrosas ou com refluxo em veias menores. Nesse caso, utiliza-se uma espuma densa, que preenche o vaso e promove o seu colapso. A espuma pode ser aplicada com o auxílio de ultrassom, oferecendo mais precisão em casos selecionados.
Para vasos muito finos e superficiais, especialmente em pessoas com pele clara, o laser transdérmico é uma alternativa eficaz. Ele aquece e fecha o vaso com segurança, sem a necessidade de agulhas.
Em alguns casos, o laser pode complementar a escleroterapia, principalmente em regiões mais sensíveis.
Nos casos em que microvarizes e vasinhos estão associados a varizes maiores ou refluxo venoso, pode ser necessário recorrer a tratamentos combinados ou cirurgias, como a flebectomia ambulatorial, o laser endovenoso ou a cirurgia convencional.
Essas decisões são sempre baseadas em avaliação médica e exames como a ultrassonografia doppler venosa.
Além dos tratamentos, algumas mudanças simples na rotina ajudam a prevenir o surgimento de microvarizes e vasinhos. Manter-se ativo é uma das principais estratégias.
Levantar-se a cada hora, principalmente se o trabalho exige longos períodos sentado, ajuda a estimular a circulação. Evitar cruzar as pernas por muito tempo também favorece o retorno venoso.
Outra dica prática é preferir subir escadas sempre que possível e usar meias de compressão em situações de longos períodos em pé ou sentado. A prática regular de exercícios físicos, como caminhadas, bicicleta e natação, fortalece a musculatura da panturrilha, que atua como uma bomba natural para impulsionar o sangue.
Também vale a pena reduzir o uso de salto alto, evitar banhos muito quentes e manter uma alimentação equilibrada, com controle de peso. Esses cuidados simples têm impacto direto na saúde vascular ao longo do tempo.
A adoção de hábitos saudáveis, somada à orientação médica, faz toda a diferença na prevenção e no cuidado com a saúde venosa. Se você notar mudanças na aparência das pernas ou sentir desconforto ao final do dia, agende uma consulta no Instituto de Angiologia e Cirurgia Vascular (IACV).
O acompanhamento especializado é o primeiro passo para cuidar da sua circulação com mais segurança e qualidade de vida.
Somos norteados pelo altruísmo, honestidade, integridade, trabalho em equipe, justiça e pela autonomia na busca em oferecer a melhor experiência ao paciente. Angiologista e Cirurgião Vascular na Asa Sul, Brasília-DF
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