Não é raro ouvir pessoas associarem quadros de trombose e embolia pulmonar ao uso de anticoncepcionais. Mas, será que existe mesmo essa relação?
Essa dúvida traz insegurança para muitas mulheres quanto ao uso ou não desse tipo de método anticoncepcional, pelo receio de desenvolver esse quadro vascular.
Hoje vamos responder essas e outras dúvidas relacionadas ao uso de anticoncepcionais e o desenvolvimento de trombose.
Boa leitura!
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A trombose é uma condição de saúde que ocorre quando um coágulo – conhecido como trombo – se forma dentro de um vaso sanguíneo normal e dificulta ou interrompe o fluxo normal do sangue.
Geralmente a trombose ocorre nas veias (trombose venosa), embora também possa ocorrer nas artérias (trombose arterial). A trombose, com implicações clínicas, mais comum é a trombose venosa profunda (TVP), que ocorre quando um coágulo se forma nas veias profundas das pernas, coxas ou pelve.
Os coágulos sanguíneos são formados como uma resposta do organismo para prevenir a perda excessiva de sangue em caso de lesões ou ferimentos. No entanto, em certas situações, ocorre a formação indevida de coágulos, ou seja, em veias normais e que pode ser perigosa.
Os principais fatores de risco para a formação de coágulos sanguíneos incluem:
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Anticoncepcionais e trombose podem estar, sim, relacionados; mais especificamente quando falamos de contraceptivos orais em sua forma combinada, ou seja, nos medicamentos em que os hormônios progesterona e estrogênio estão presentes.
Segundo a Anvisa, mulheres que utilizam anticoncepcionais orais combinados têm cerca de 3 vezes mais chances de desenvolver tromboembolismo venoso, principalmente de membros inferiores, comparado com mulheres que não utilizam.
Porém, a Anvisa ressalta que os riscos em utilizar anticoncepcionais orais e desenvolver trombose ainda assim são muito pequenos. Só para se ter uma idéia, as chances de mulheres desenvolverem trombose na gravidez são o dobro daquelas que usam anticoncepcionais orais combinados.
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Agora que você já sabe qual é a relação entre anticoncepcionais e trombose, confira as respostas para as principais dúvidas das mulheres sobre o desenvolvimento da patologia a partir do uso de métodos contraceptivos orais.
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Como foi apontado acima, os anticoncepcionais que têm risco aumentado para o desenvolvimento de trombose são os orais combinados, ou seja, aqueles que apresentam em sua composição a junção dos hormônios progesterona e estrogênio.
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Não. O risco é maior durante os três primeiros meses de uso, diminuindo a partir do quarto mês e após 1 ano, o risco se torna semelhante ao de uma mulher que não utiliza a medicação.
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1. Tabagismo;
2. Hipertensão arterial;
3. Idade superior a 35 anos;
4. Obesidade (IMC superior a 30 kg/m²);
5. Presença de trombofilias hereditárias e adquiridas (como, fator V de Leiden e Síndrome do anticorpo antifosfolipídeo – SAF).
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Depende. Essa decisão vai depender de cada caso, conforme avaliação do médico.
Dito isso, não há uma proibição absoluta ao uso de anticoncepcionais. O que se tem é a recomendação de se tomar mais cuidado pelo profissional que fizer a prescrição, avaliando os riscos e benefícios, além de alternativas que não aumentem o risco de trombose e manter um acompanhamento regular com angiologista/cirurgião vascular nesses casos.
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Se o uso do anticoncepcional não for realmente necessário durante o período do tratamento, a melhor opção é interromper o uso.
Porém, caso a medicação não possa ser pausada, seu uso associado ao medicamento anticoagulante pode ser mantido.
Mas, novamente, cada caso deve ser avaliado de maneira independente.
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Como vimos acima, cirurgias – especialmente as que exigem longos períodos de imobilidade – podem afetar a coagulação sanguínea. Os anticoncepcionais hormonais podem contribuir para o aumento desse risco.
Sendo assim, é importante informar a equipe médica sobre o uso de anticoncepcionais hormonais antes de qualquer procedimento cirúrgico. Isso permitirá que eles avaliem o risco individual e tomem medidas preventivas, como o uso de medicamentos anticoagulantes. Apesar de não ser necessária a suspensão do anticoncepcional, algumas equipes médicas optam por isso.
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>>> Veja também – Por que o risco de trombose é maior em viagens?
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Não. Não é necessário fazer qualquer exame de sangue ou exame de imagem, como ecoDoppler. O que é fundamental é uma consulta médica detalhada buscando, principalmente, os fatores de riscos para trombose.
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Todos os medicamentos contraceptivos sem hormônios combinados, além do DIU (de cobre ou hormonal), implantes subdérmicos e, claro, os preservativos.
Veja também: Telangiectasias: O que são, Causas, Sintomas e Tratamento
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Se você possui mais dúvidas sobre a relação entre anticoncepcionais e trombose, o ideal é conversar com um angiologista/cirurgião vascular.
Nesse sentido, conte com o Instituto de Angiologia e Cirurgia Vascular (IACV); referência no DF em cuidados com a saúde vascular, dispondo de estrutura moderna e um time de profissionais experientes e atenciosos.
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