19 de fevereiro de 2024
Autor: Dr Jaison Luiz Argenta
A insuficiência venosa crônica (IVC) é uma condição vascular que representa um desafio significativo para a saúde pública, devido à grande quantidade de pessoas que apresentam esse problema e aos riscos que ele traz.
Pesquisas apontam que pessoas com doença venosa crônica têm risco aumentado para problemas cardiovasculares, como derrame e infarto, bem como um risco três vezes maior de morte por outras causas, em comparação com quem não tem o problema.
A seguir vamos compartilhar mais informações sobre a insuficiência venosa crônica, seus sintomas, se é possível evitar e as alternativas de tratamento.
Continue a leitura para mais detalhes!
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A insuficiência venosa crônica (IVC) é caracterizada pela circulação inadequada do sangue nas veias, principalmente nas extremidades inferiores do corpo. Sendo assim, como as veias são responsáveis por transportar o sangue de volta ao coração, esse processo acaba sendo comprometido, sobrecarregando as veias, trazendo diversos sintomas.
Entre os sintomas principais da condição destacam-se:
✅ dor e sensação de peso nas pernas;
✅ inchaço nas pernas e tornozelos;
✅ cãibras;
✅ sensação de queimação ou formigamento;
✅ alterações na pele, como pigmentação irregular;
✅ surgimento de varizes e vasinhos;
✅ úlceras, descamação e lesões na pele.
É muito importante destacar que insuficiência venosa crônica e varizes não são sinônimos. O que acontece é que as varizes podem ser um sintoma da IVC.
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A insuficiência venosa crônica (IVC) pode ser causada por uma série de fatores, sendo, portanto, uma condição multifatorial, que pode ser influenciada tanto por fatores genéticos quanto comportamentais.
Abaixo estão alguns dos principais fatores que contribuem para o seu desenvolvimento:
✅ Predisposição genética: A presença de casos de IVC entre familiares pode aumentar a probabilidade de desenvolvimento da condição.
✅ Danos nas válvulas venosas: As válvulas são estruturas cruciais para o direcionamento do fluxo sanguíneo e, em caso de danos, é possível que haja refluxo venoso, o que contribui para a IVC.
✅ Obstrução venosa: Coágulos sanguíneos (trombose) podem obstruir o fluxo sanguíneo, aumentando a pressão nas veias e prejudicando a circulação.
✅ Envelhecimento: Com o passar do tempo, as paredes das veias podem se tornar mais frágeis, o que pode prejudicar a circulação.
✅ Sedentarismo: A falta de atividade física pode comprometer o sistema circulatório.
✅ Obesidade: O excesso de peso exerce uma pressão adicional nas veias, podendo dificultar o retorno venoso;
✅ Imobilidade: Longos períodos de pé ou sentado também são fatores de risco.
✅ Tabagismo: Trata-se de um hábito que pode afetar de forma negativa a saúde vascular.
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Embora a predisposição genética desempenhe um papel realmente significativo no desenvolvimento da insuficiência venosa crônica e não seja possível eliminar completamente seus riscos, adotar hábitos saudáveis é importante para evitar complicações circulatórias que podem desencadear a condição.
Entre algumas dicas relevantes, estão:
✅ Mantenha-se ativo;
✅ Controle o peso;
✅ Evite o sedentarismo;
✅ Eleve as pernas sempre que possível e após longos períodos sentado ou em pé;
✅ Use meias de compressão, que podem ajudar na circulação sanguínea;
✅ Mantenha uma postura adequada ao sentar-se ou ficar de pé;
✅ Hidrate-se adequadamente;
✅ Tenha uma alimentação balanceada;
✅ Não fume;
✅ Faça acompanhamento médico regular.
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A insuficiência venosa crônica, se não tratada de forma adequada, pode acarretar em uma série de consequências e riscos que podem ir muito além do desconforto inicial.
Entre alguns impactos negativos associados a essa condição vascular, quando não gerenciada, está a formação de coágulos sanguíneos, que podem ter sérias complicações, como a possibilidade de o coágulo se soltar e se deslocar para outros órgãos, como os pulmões, causando uma embolia pulmonar.
Além disso, há o risco de formação de úlceras venosas, que são feridas abertas que, na maioria das vezes, ocorrem nas pernas. Elas podem ser persistentes, dolorosas e propensas a infecções, caso não sejam tratadas.
Também há o risco de complicações dermatológicas, como escurecimento da pele, inflamações cutâneas (eczemas), dermatites e inchaços persistentes nas extremidades inferiores.
É importante citar, ainda, o impacto na mobilidade que pode ocorrer devido à dor crônica, as úlceras e o inchaço, assim como a redução da qualidade de vida, afetando tanto o bem estar físico, mas também emocional e social.
É crucial compreender, então, que se não tratada, a insuficiência venosa crônica tem a tendência de progredir ao longo do tempo e que os sintomas podem se agravar, exigindo tratamentos médicos mais invasivos.
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Os tratamentos indicados para IVC variam conforme o seu estágio de evolução e, caso seja tratado logo no início, é possível que algumas mudanças no estilo de vida do paciente consiga contê-la, como ter uma dieta equilibrada, praticar atividades físicas de forma regular, controlar o peso, usar meias de compressão, entre outros.
Em outros casos, é possível que haja a indicação de medicamentos, como os flebotônicos, que fortalecem as veias e melhoram o fluxo sanguíneo, além de antiinflamatórios.
Já nos casos em que há varizes, existem hoje tratamentos muito eficazes e seguros de tratamento, como a escleroterapia com espuma ou glicose, ou ainda os tratamentos a laser.
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