17 de janeiro de 2022
Autor: Dr Jaison Luiz Argenta
A embolia pulmonar é uma doença causada pela obstrução das artérias pulmonares por trombos ou coágulos. Quanto maior o embolo e mais segmentos das artérias ocluídas, maior a gravidade do quadro clínico, podendo levar inclusive a morte súbita.
Os coágulos, na maioria dos casos, não se formam nos pulmões. Eles se originam pela trombose venosa profunda que acomete preferencialmente as veias das pernas, sendo que quando se soltam dessas veias o fluxo sanguíneo transporta o coágulo até as artérias pulmonares obstruindo-as.
Outras causas de embolia pulmonar, menos frequentes, são: os trombos de gordura originados após fraturas ósseas e cirurgias de lipoaspiração; e as bolhas de ar injetadas indevidamente em grande quantidade, na corrente sanguínea.
1) Imobilização de membro;
2) Paciente acamado;
3) Idade acima de 40 anos;
4) História familiar de trombose;
5) Trombose prévia;
6) Anticoncepcional oral;
7) Terapia de reposição hormonal;
8) Gravidez e puerpério (pós-parto);
9) Varizes;
10) Obesidade;
11) Covid 19;
12) Cirurgias;
13) Câncer;
14) Tabagismo;
15) Viagens Longas;
16) Trombofilias (distúrbios de coagulação sanguínea);
17) Infusão indevida de ar na corrente sanguínea;
18) Fraturas (embolia gordurosa);
19) Lipoaspiração (embolia gordurosa).
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O quadro clínico da embolia pulmonar é muito variável. As microembolias podem ser assintomáticas ou ocasionar discretos sintomas que passam despercebidos pelo paciente. Embolias maiores podem gerar quadros mais intensos, simulando inclusive infarto cardíaco e pode ocasionar morte súbita.
Os principais sintomas da embolia pulmonar são:
1) Tosse de início súbito, seca ou com sangue;
2) Dor torácica (no peito) de início súbito;
3) Falta de ar (dispneia);
3) Taquicardia (aceleração dos batimentos cardíacos);
4) Febre;
5) Palidez;
6) Ansiedade.
Devemos lembrar que por estar intimamente relacionadas à trombose venosa profunda, sintomas da trombose podem estar presentes antes da embolia pulmonar. Ocorrem principalmente nas pernas e são: dor e edema (inchaço), sensação de aumento e endurecimento da musculatura, escurecimento da pele e o aumento do calibre das veias e varizes.
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+ Veja também: Como funciona o tratamento da trombose?
A história clínica associado aos fatores de risco e exame físico do paciente direcionam para o diagnóstico do quadro. Exames complementares são fundamentais, tanto para excluir outros diagnósticos como o de infarto cardíaco e aneurismas arteriais, quanto para confirmar o diagnóstico de tromboembolismo pulmonar, com a angiotomografia pulmonar, cintilografia pulmonar e até a angiografia pulmonar.
Para corroborar o diagnóstico, o ecoDoppler venoso dos membros inferiores e de cava e ilíacas podem ser solicitados.
A prevenção da embolia pulmonar segue as mesmas orientações da prevenção da trombose venosa profunda já que essa é a principal etiologia. Em muitas situações, como cirurgias, câncer e fraturas, o uso de medicamentos anticoagulantes pode ser necessário.
Em outros casos, medidas como pequenas caminhadas frequentes e uso de meias elásticas podem ajudar a prevenir a trombose. Além disso, tenha hábitos de vida saudáveis, pratique atividade física, evite o tabagismo, combata a obesidade e em caso de viagens longas leia (Trombose em Viagens Longas).
Em caso de suspeita de tromboembolismo pulmonar vá imediatamente a um pronto atendimento hospitalar.
Feito o diagnóstico, o quadro clínico irá direcionar o tratamento do paciente.
A maioria dos casos receberá o tratamento conservados, com cuidados clínicos, administração de oxigênio e uso de medicamentos anticoagulantes como a rivaroxabana e a enoxaparina.
A trombectomia química (trombólise – medicamentos para dissolver os coágulos) é indicada para casos mais graves, pelo risco do procedimento e pela boa evolução do tratamento conservador para a maioria dos pacientes.
Já a cirurgia para a retirada dos coágulos (embolectomia) é deixada apenas para quadros maciços de embolia, quadros eminentes de morte.
O uso de filtro na veia cava (filtro implantado na veia cava abdominal para evitar que os coágulos das pernas cheguem aos pulmões) são indicados apenas para pacientes com contraindicações para o uso de medicações anticoagulantes e nas recidivas estando os pacientes em uso dessas medicações.
Após a alta hospitalar, o paciente deverá fazer o acompanhamento com angiologista e cirurgião vascular. Vale lembrar que os medicamentos anticoagulantes devem ser utilizados apenas com acompanhamento médico pelos riscos de sangramentos.
Em caso de dúvidas e para fazer o acompanhamento com os especialistas do IACV, marque sua consulta!
E lembre-se: Ame-se, Cuide-se! Só assim você poderá cuidar melhor daqueles que te amam.
Somos norteados pelo altruísmo, honestidade, integridade, trabalho em equipe, justiça e pela autonomia na busca em oferecer a melhor experiência ao paciente. Angiologista e Cirurgião Vascular na Asa Sul, Brasília-DF
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