1 de janeiro de 2025
Autor: Dr Jaison Luiz Argenta
A oclusão arterial aguda é uma condição grave que ocorre quando o fluxo de sangue em uma artéria é bloqueado de forma repentina, geralmente por um coágulo ou embolia.
Essa interrupção no suprimento sanguíneo pode causar danos aos tecidos devido à falta de oxigênio e nutrientes, exigindo diagnóstico rápido e tratamento imediato.
Neste artigo, vamos explicar o que é a oclusão arterial aguda, suas causas, sintomas mais comuns, formas de prevenção e opções de tratamento, ajudando você a entender melhor essa condição e a importância de buscar ajuda médica.
A oclusão arterial aguda acontece quando uma artéria sofre um bloqueio súbito, interrompendo o fluxo sanguíneo para os tecidos ou órgãos que ela irriga.
Essa interrupção impede que o oxigênio e os nutrientes cheguem à região afetada, o que pode comprometer o funcionamento dos tecidos e levar à necrose caso não seja tratada rapidamente.
O bloqueio pode acontecer por diferentes razões, como um trombo (coágulo formado no local) ou um êmbolo (fragmento de coágulo, gordura ou outro material que se desprende e se desloca pelo sistema circulatório).
As artérias periféricas, principalmente as pernas, são afetadas, mas o problema também pode atingir outras áreas, como os braços ou órgãos internos.
A oclusão arterial aguda costuma se manifestar de forma abrupta, e os sintomas podem variar conforme a localização e a gravidade do bloqueio.
Os sinais mais frequentes incluem:
A oclusão arterial ocorre quando há um bloqueio súbito no interior de uma artéria, impedindo o fluxo de sangue. Esse bloqueio pode ser provocado por diferentes condições, entre as quais se destacam trombose, embolia e traumas arteriais.
Cada uma dessas causas possui características específicas que contribuem para o desenvolvimento do problema.
A trombose arterial é quando um coágulo de sangue se forma diretamente na parede de uma artéria, geralmente em áreas previamente danificadas por aterosclerose. Placas de gordura acumuladas nas paredes arteriais podem causar inflamações e irregularidades que facilitam a formação de coágulos.
Esses coágulos obstruem o fluxo sanguíneo, desencadeando uma oclusão aguda. A trombose arterial está associada a fatores como pressão alta, colesterol elevado, tabagismo e diabetes.
A embolia arterial é quando um material sólido, líquido ou gasoso – como fragmentos de coágulos, gordura ou bolhas de ar – se desprende de outra parte do corpo e viaja pela corrente sanguínea até bloquear uma artéria.
Essa causa é comum em pessoas com doenças cardíacas, como fibrilação atrial, onde coágulos podem se formar no coração e serem levados para outros órgãos, como pernas ou braços.
Traumas diretos, como cortes profundos, fraturas ou esmagamentos de membros, podem danificar as artérias e causar uma oclusão. Nessas situações, o trauma pode provocar a formação de coágulos ou a interrupção mecânica do fluxo sanguíneo.
Procedimentos cirúrgicos também podem ser um fator de risco, principalmente em casos em que as artérias são manipuladas.
Em todos os casos, o mecanismo comum é a interrupção do fluxo sanguíneo para os tecidos ou órgãos abaixo da área obstruída. Sem o adequado de oxigênio e nutrientes, as células começam a sofrer danos, que podem se tornar irreversíveis se o problema não for tratado rapidamente.
Por isso, a identificação da causa subjacente é necessária para planejar o tratamento mais eficaz e prevenir complicações.
Se você está preocupado com sua saúde vascular ou apresenta sintomas, procure uma avaliação com angiologista para identificar possíveis riscos e obter o cuidado adequado.
A oclusão arterial aguda está associada a diversos fatores de risco que aumentam a probabilidade de obstrução do fluxo sanguíneo nas artérias. Confira quais são a seguir!
Doenças cardiovasculares, como aterosclerose e insuficiência cardíaca, são fatores de risco significativos.
Na aterosclerose, por exemplo, há um acúmulo de placas de gordura nas paredes das artérias, que podem causar inflamação e favorecer a formação de coágulos, resultando na interrupção do fluxo sanguíneo.
A fibrilação atrial, outra condição cardíaca, pode levar à formação de coágulos no coração, que podem se desprender e obstruir artérias em outras partes do corpo.
A hipertensão arterial, ou pressão alta, sobrecarrega as paredes das artérias, tornando-as mais suscetíveis a lesões. Esse desgaste pode facilitar o acúmulo de placas e a formação de coágulos, contribuindo diretamente para o risco de oclusão.
O controle da pressão arterial é, portanto, uma medida importante para reduzir o risco de bloqueios arteriais.
O diabetes aumenta a propensão à oclusão arterial devido aos danos que o excesso de glicose no sangue causa nos vasos sanguíneos.
Pacientes diabéticos apresentam frequentemente aterosclerose acelerada e alterações na coagulação, fatores que favorecem a formação de trombos e obstruções arteriais.
Indivíduos com múltiplos fatores de risco – como hipertensão combinada com diabetes ou histórico familiar – estão entre os grupos mais vulneráveis à oclusão arterial. Os homens têm maior predisposição em idades mais jovens.
O diagnóstico da oclusão arterial aguda exige rapidez e precisão para evitar complicações graves. Os médicos avaliam os sintomas do paciente e recorrem a exames específicos para confirmar o bloqueio e identificar sua localização e gravidade.
O diagnóstico da oclusão arterial aguda requer avaliação clínica detalhada e o uso de exames complementares que identificam a localização e a gravidade do bloqueio. Detectar a condição rapidamente é necessário para iniciar o tratamento e prevenir danos permanentes aos tecidos.
O exame clínico é o primeiro passo no diagnóstico. O médico observa sinais clássicos como dor intensa, palidez, ausência de pulsação na área afetada e temperatura reduzida no membro. Esses sintomas indicam interrupção do fluxo sanguíneo.
O ultrassom Doppler é uma ferramenta comum para diagnosticar a oclusão arterial. Esse exame não invasivo utiliza ondas sonoras para avaliar o fluxo sanguíneo nas artérias, identificando bloqueios e alterações na circulação.
A angiografia é considerada o padrão-ouro para diagnosticar oclusão arterial aguda. Nesse exame, um contraste é injetado no sistema vascular, permitindo visualizar as artérias em detalhes através de imagens radiológicas. O método detecta o local exato e a gravidade da interferência.
Em casos mais complexos, a tomografia computadorizada com contraste ou a ressonância magnética podem ser usadas para mapear as artérias e identificar a extensão do bloqueio.
O tratamento da oclusão arterial aguda tem como objetivo restaurar o fluxo sanguíneo rapidamente para evitar danos permanentes. A escolha da abordagem depende da gravidade da interferência, do tempo de evolução e das condições gerais do paciente.
A trombólise consiste na administração de medicamentos anticoagulantes ou trombolíticos para dissolver o coágulo responsável pelo bloqueio. Esse método é indicado em casos de obstruções recentes e menos graves. Pode ser feito por via intravenosa ou diretamente na área afetada, por meio de um cateter.
A angioplastia é um procedimento minimamente invasivo usado para desobstruir as artérias afetadas. Durante a técnica, o médico insere um cateter com um balão na artéria trancada. Ao inflar o balão, o coágulo é desfeito, e um stent pode ser implantado para manter as artérias abertas.
Em casos mais graves, quando os métodos menos invasivos não são eficazes, a cirurgia é necessária. Procedimentos como a derivação arterial criam uma nova rota para o fluxo sanguíneo ao redor do bloqueio. Outra opção é a embolectomia, que remove diretamente o coágulo ou trombo.
A oclusão arterial aguda é uma emergência médica que exige atendimento imediato. O atraso no tratamento pode causar danos irreversíveis aos tecidos devido à falta de oxigênio, levando a complicações graves.
O fluxo sanguíneo precisa ser restaurado rapidamente para evitar a morte dos tecidos. Sem oxigenação adequada, os músculos, nervos e pele na área afetada podem sofrer necrose em poucas horas.
Quando o tratamento é retardado, as consequências podem incluir amputações, perda de função no membro afetado e complicações sistêmicas, como infecções graves. Em casos extremos, atrasos podem levar à falência de órgãos e até à morte.
Reconhecer os sintomas de oclusão arterial e procurar ajuda médica rapidamente são passos essenciais para minimizar os danos e garantir a recuperação. A consulta com um especialista em doenças vasculares é indispensável para um diagnóstico preciso e um tratamento eficaz.
Se você apresenta sintomas de oclusão arterial ou busca prevenir complicações, agende uma consulta no IACV. Nossa equipe de especialistas está preparada para oferecer atendimento personalizado e exames avançados em Brasília e região.
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