Como é feito o tratamento com espuma densa?

O tratamento com espuma densa é mais um dos recursos que os angiologistas e cirurgiões vasculares dispõem para tratar varizes e vasinhos. 

O procedimento consiste na aplicação – diretamente nas varizes – de uma espuma feita a partir da substância polidocanol.

Muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre como é feito esse tipo de tratamento e quais as suas indicações. Neste artigo você encontra as respostas que precisa.

Acompanhe!

Como é feito o tratamento com espuma densa?

O tratamento com espuma densa é simples, seguro e com baixa taxa de complicações. Ele não é considerado um procedimento cirúrgico – apesar de minimamente invasivo – e pode ser realizado em consultório.

Apesar de descomplicado – realizado desde a década de 1990 – é fundamental que o procedimento seja realizado por um médico especialista, neste caso, o angiologista e cirurgião vascular, seguindo certos cuidados e precauções.

Após localizar a veia doente – geralmente por meio de um ultrassom – e produzir a espuma (misturando o polidocanol com o ar), o médico injeta a substância diretamente na veia do paciente.

Dentro da veia, a espuma tem a característica de se expandir, preenchendo toda circunferência desse vaso, causando uma inflamação e fechando-o. Assim, o sangue é redirecionado, e o fluxo sanguíneo restabelecido na região, eliminando varizes de diversos calibres, desde pequenos vasinhos até veias mais grossas, como a safena.

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Cuidados após o procedimento de espuma densa

 

Alguns cuidados que o(a) paciente deve ter para obter um bom resultado com o tratamento com espuma densa são:

 

• Fazer compressão no local do procedimento: manter a compressão no local do procedimento conforme orientado. O cirurgião vascular pode utilizar curativos associados a meias compressivas.
  
  
• Realizar uma pequena caminhada após o procedimento: é importante evitar a permanência prolongada na mesma posição (sentada ou deitada). Movimentar-se normalmente, com pelo menos pequenas caminhadas, também reduz os riscos.

 

• Evitar o sol nos primeiros dias após o tratamento: o ideal é evitar a exposição ao sol até o  desaparecimento dos sinais da aplicação e após a cicatrização da área. Caso seja necessário sair ao sol, deve-se evitar a exposição direta da pele.

 

• Manter a pele hidratada: a hidratação da pele é importante para tratar as pequenas manchas roxas que podem aparecer na região onde foi feito o procedimento.

 

• Fazer atividade física conforme orientação do seu médico: apesar de ser importante movimentar os membros inferiores, é importante que exercícios físicos de alto impacto sejam comunicados ao médico para avaliação do caso.

 

• Evitar permanecer longos períodos na mesma posição: para pacientes que trabalham em escritórios e precisam ficar longos períodos sentado(a) ou de pé, o ideal é se alongar e se movimentar de hora em hora.

 

É importante ressaltar que após o procedimento de aplicação da espuma densa não exige repouso absoluto. Pelo contrário. As caminhadas após o tratamento são imprescindíveis para estimular a circulação de sangue na região. Da mesma forma, não é preciso se afastar da rotina diária e do trabalho.

 

O tratamento com espuma densa é definitivo?

O tratamento com espuma não é considerado uma técnica primária para tratar varizes, ou seja, não costuma ser a primeira opção. Isso porque com apenas um procedimento nem sempre é possível fechar completamente todas as varizes, sendo necessário repetir o procedimento para se obter resolução.

 

Sendo assim, o tratamento com espuma deve ser utilizado quando outras opções – mais eficientes – não são possíveis, como a termoablação (endolaser).

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Quais problemas são tratados com espuma densa?

Apesar desse tipo de tratamento poder ser realizado para tratar vasos de diferentes calibres – dos mais finos aos mais grossos – a grande capacidade de expansão da espuma faz com que essa técnica seja mais indicada para tratar vasos muito calibrosos.

 

Para controlar a ação da substância, o cirurgião vascular pode usar diferentes concentrações do polidocanol, indo de 0,25% a 3% (veias mais grossas).

 

A veia safena é a principal veia superficial da perna, responsável por levar o sangue venoso de volta para a parte superior do corpo. Quando a veia safena está doente, ou seja, apresentando refluxo ou fluxo invertido. O tratamento com espuma de polidocanol pode ser indicado inclusive nesses casos.

 

Além da veia safena, a espuma densa pode ser usada para tratar varizes pélvicas, hemangiomas, ou ainda para veias perfurantes, que são responsáveis por fazer a comunicação do sistema venoso superficial com o sistema venoso profundo.

 

Apesar dos cuidados necessários – como já mencionamos – a espuma densa pode ser usada para tratar as telangiectasias, nome técnico para os conhecidos vasinhos, aqueles pequenos ramos de sangue retido de coloração avermelhada ou arroxeada que se encontram na camada mais superficial da pele e são consequências de alguma pressão exercida nos vasos sanguíneos.

 

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Quais sintomas podem surgir após a aplicação de espuma?

 

Como dissemos anteriormente, a aplicação de espuma densa é um procedimento seguro e de baixo risco. Mesmo assim, algumas alterações podem ser percebidas nos locais onde o procedimento foi realizado, como ardência, inchaço ou vermelhidão, ou ainda a formação de tromboflebite, que é a inflamação da veia no local tratado, com possível surgimento de coágulo.

 

Contraindicações

Existem poucas contraindicações para o tratamento com espuma densa. Algumas delas são presença de trombose venosa profunda aguda, alergia ao medicamento utilizado, infecção local ou sepse, mulheres grávidas ou lactantes, entre outros.

 

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Como vimos no artigo, o tratamento com espuma é mais um dos recursos disponíveis para tratar varizes ou mesmo vasinhos, mas sua indicação deve ser feita por profissional especializado, seguindo as indicações e a história clínica de cada paciente.

 

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